Muitas frases levianas estão sendo lançadas ao ar sobre uma possível armação de Dorival Júnior com o São Paulo.

Hoje o presidente Juvenal Juvêncio informou ao companheiro Paulo Vinícius Coelho, o PVC, da ESPN Brasil, que não pretende contratar o treinador.

Isso não impede que Dorival seja contratado na semana ou no mês que vem.

O que estou discutindo é a forma como algumas pessoas colocaram as coisas.

Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, insinuou ontem após a vitória de 3 x 2 sobre o Santos, na Vila Belmiro, que há um terceiro clube envolvido no episódio Neymar que provocou a demissão de Dorival Júnior.

Insinua que o tricolor está por trás de tudo forçando a saída de Dorival para leva-lo para o Morumbi a peso de ouro.

Que o presidente do Corinthians aproveite o momento para botar um pouco mais de gasolina na fogueira pode não ser justo, mas é compreensível.

Tem batido de frente com Juvenal e faz do São Paulo o seu principal adversário e endereço de recados na capital paulista.

Mas muitos outros também falaram essa bobagem.

Fico imaginando como seria isso. Dorival pede para Neymar xinga-lo publicamente e depois o afasta de alguns jogos para ser demitido pelo Santos.

Nossa, quanta imaginação. Pelo que sei Dorival não queria deixar o Santos, achava que podia continuar com o seu trabalho e sonhava com a Libertadores-2011 e mesmo em disputar pelo menos até a última rodada o Brasileiro deste ano.

Agora se o São Paulo contratar Dorival vão dizer que tudo já estava armado e se não contrata-lo dirão que só não aconteceu porque descobriram a armação.

O São Paulo tem todo o direito de contratar um técnico de ofício que está livre na praça no momento.

É justo para o seu interesse e seria injusto com Dorival priva-lo de uma proposta só porque algumas pessoas levantaram dúvidas infundadas sobre a sua demissão.

Mesmo que fizesse uma proposta para um técnico empregado ainda assim não estaria ferindo nenhuma lei.

A ética é de quem recebe a proposta. Esse é que tem que avisar o seu patrão que foi procurado com uma proposta profissional e colocar a situação na mesa.

Foi o que Muricy fez com a CBF. Recebeu a proposta e a levou ao Fluminense que não o liberou e ele ficou nas Laranjeiras.

Eu, se fosse dirigente do São Paulo não perderia tempo.

Contrataria Dorival Júnior e manteria Sérgio Baresi na Comissão Técnica para dar-lhe cancha como treinador.

Começaria um trabalho de renovação para o ano que vem ainda com possibilidades de chegar à Libertadores nesta temporada.

O problema de Juvenal Juvêncio não é nem essa conversa paralela de armação com Dorival Júnior, o problema é o salário de Dorival que dizem era alto no Santos.

O presidente tricolor não pretende gastar muito e para isso Baresi é mais barato. É santo de casa. Fará milagres?