Nação tricolor;

Foi mais um sufoco, mas o Maior do Mundo fez valer o fator “casa” e desmatou mais um verde no Morumbi. Se ganhar do Goiás no final de semana poderá ser processado pelo Ibama. O clube está com 34 pontos na competição e luta para chegar no grupo de cima.

Mais uma vez não foi fácil. O time do Guarani é muito bem montado e hoje em dia tem uma formação mais equilibrada que o tricolor. E jogou sem dois jogadores (Mazolla e Renan) impedidos por questões contratuais. Mesmo com melhores jogadores o tricolor insiste em escalações estranhas. Desta vez não tínhamos nenhum lateral ou ala de ofício. Rodrigo Souto marcava pelo lado direito para liberar Jean e Richarlyson ocupava o lado esquerdo, com Lucas mais a frente.

O time começou tomando as rédeas do jogo, como todo mandante deve fazer, mas insistiu muito em afunilar as jogadas. A partida ficou muito povoada no meio-campo e o trabalho do tricolor só não ficou mais difícil porque em uma grande jogada de Marlos, lançado por Casemiro, saiu o primeiro gol logo aos 14 minutos. O atacante deu um belo corte no zagueiro e teve tranquilidade para marcar um lindo gol. Antes disso Richarlyson quase fizera em uma bela jogada dentro da área bugrina.

Com o gol, o tricolor ficou mais tranquilo em campo, mas apresentava os mesmos erros. O adversário aos poucos esboçou uma reação, mas parou ou em Rogério ou nos seus próprios erros. O primeiro tempo ia se arrastando com um tricolor menos inspirado e um Guarani arroz com feijão, quando o juíz resolveu roubar a cena e apitou um pênalti inexistente de Miranda em Baiano, já nos descontos. Uma jogada no mínimo extremamente duvidosa que foi convertida em gol após muita reclamação do tricolor.

O detalhe é que Rogério, visivelmente irritado, foi falar com o juíz ao fim do primeiro tempo e no início do segundo. Pressão do experiente capitão para que o tal Marcelo Aparecido de Souza, da Federação Paulista de Futebol (leia-se Del Nero) apitasse direito.

Veio a segunda etapa e com ela Ricardo Oliveira no lugar de Fernandão, com o tornozelo baleado. O time tentou mais uma vez dominar as ações em campo, mas parava na retranca adversária e na sua própria falta de criatividade. A torcida via os problemas do time e Baresi promoveu uma substituição para tentar melhorar o fogo tricolor, com a entrada de Dagoberto no lugar do apagado Marlos.


Logo após a substituição, o Tricolor voltou a ficar na frente do placar, desta vez em um lance de bola parada. Jorge Wagner cobrou escanteio pela esquerda, Richarlyson desviou e Dagoberto carimbou o travessão. Na sequência do lance Ricardo Oliveira completou para o gol vazio. O time se empolgou e Ricardo Oliveira quase marca o seu segundo, após lançamento de Dagoberto.

Depois do gol o Guarani resolveu apostar todas as fichas e se lançou ao ataque. Já o São Paulo preferiu resguardar o meio com Zé Vitor no lugar de Lucas, que estava travado na ponta direita. O jogo ficou aberto, com chances de ambas equipes e um lado esquerdo tricolor mostrando fragilidade, com Richarlyson totalmente perdido entre a defesa e o ataque e um Miranda sobrecarregado.

Mas era tarde para uma reação bugrina. Em uma noite não tão inspirada, o tricolor fez valer seus melhores jogadores e sobe mais três pontos na tabela. Sábado é contra o Goiás, que só não é o pior da competição porque o Prudente anda tomando de todos os clubes nesse Brasileirão. Uma vitória será primordial para nos prepararmos para a dura sequência do restante da competição.

Saudações tricolores!

Melhores do SPFC: Casemiro (partida perfeita), Marlos e Ricardo Oliveira (pelos gols),
Rogério Ceni pela defesa milagrosa no começo de jogo e Alex Silva, monstro!

Piores do SPFC: Miranda (falhas incríveis e não costumeiras) e Richarlyson (péssimo
segundo tempo, sem marcar nem atacar com eficiência)