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Com raça, Alex Silva se supera outra vez

Mesmo com o olho roxo, Pirulito estará em campo hoje para contagiar e liderar o grupo do Tricolor

Foram 44 dias longe dos gramados. Durante este período, os gritos dentro de campo foram menores. Os jogadores perderam um pouco da liderança. Alex Silva fez falta ao São Paulo, que só venceu três confrontos. Mas, recuperado de uma artroscopia no joelho direito, voltou contra o Palmeiras, a zaga não foi vazada, e o time reencontrou o caminho da vitória no Brasileirão.

Na última partida, o camisa 3 levou uma cotovelada de Tadeu, que atingiu seu olho direito. Após o susto, continuou em campo até os minutos finais, quando, cansado, deu lugar a Renato Silva. Mesmo com o local inchado, deixou o Pacaembu garantindo que nada o tiraria do confronto desta quarta, contra o Guarani, no Morumbi. Promessa cumprida. Ele está confirmado por Baresi na defesa.

Mas não será a primeira vez que Alex Silva vai para o sacrifício. Este ano, já é a quarta vez que o zagueiro demonstra poder de superação. Foi assim na Libertadores, contra Once Caldas (COL) e Internacional, e também no Nacional, frente ao Grêmio. Nas três ocasiões, o camisa 3 teve de superar alguma adversidade (leia mais abaixo).

– Tiro forças da confiança que diretoria, jogadores e torcida têm em mim, independentemente de sentir ou não dores. Sempre fui guerreiro e não vai ser depois do sucesso que vou mudar. Vou manter isso. Só não vou jogar quando não der. Enquanto isso, vou continuar – afirmou o defensor, em entrevista ao LANCENET!.

O poder de superação contagia o grupo, que vai no embalo do guerreiro, considerado um dos líderes do grupo. E foi na Alemanha, quando defendeu o Hamburgo, que Alex aumentou ainda mais seu potencial de comandar e orientar os companheiros. Na época, depois de deixar o Sampa, não demonstrou timidez, mesmo sem falar a língua do país.

– Quando fui para a Alemanha, tinha um treinador que me pedia para comandar a equipe com gestos. Ele gostava, mesmo sem eu falar a língua, porque era naturalmente um líder. Vim de lá sendo outra pessoa, mais maduro, como um dos líderes da equipe – revelou o defensor.

Nesta quarta, mais uma vez o elenco vai ouvir gritos de motivação vindo da defesa. Com todos na pegada do guerreiro, o Tricolor quer se aproximar mais do G4. O Guarani é quem pode sofrer as consequências.

Superações do xerife

Once Caldas x São Paulo
Em fase final de recuperação de uma cirurgia no joelho direito, no sacrifício, Alex Silva foi relacionado para o jogo do dia 25 de fevereiro, pela Libertadores. O zagueiro ficou no banco para ajudar a compor, já que, por lesões e suspensões, muitos atletas estavam ausentes e nem sequer viajaram.

Guarani x São Paulo
No início do Brasileirão, após choque, levou cerca de 13 pontos no supercílio direito. Uma semana depois, jogou.

São Paulo x Inter
Já sentia dores no joelho direito, que logo passou por artroscopia. Mesmo assim, jogou e só depois parou.

Palmeiras x São Paulo
Em lance com Tadeu, levou cotovelada no olho direito, que ficou inchado. Mesmo com o hematoma, está confirmado entre os titulares.

Bate-Bola com Alex Silva, em entrevista exclusiva ao LANCENET!

Desde quando demonstra superação em disputar os jogos?
Desde quando comecei, ainda estava na Ponte Preta. Tomava uma injeção e ia para os jogos. Isso facilitou para ser assim agora.

Teve medo em não jogar contra o Guarani?
Só de não ter aberto, já tinha a expectativa. Depois, quando acordei, estava inchado, mas comecei o tratamento e vi que já poderia enfrentar o Guarani. Mas desde o vestiário já tinha definido isso. Fiquei mais de 40 dias parado, não quero mais ficar fora.

A sua liderança motiva os jogadores dentro de campo?
Sim. O futebol é engraçado. É de 90 minutos, então, se você deixa o cansaço tomar conta, quando mais precisa, fica desconcentrado. Se tiver alguém para falar, é uma motivação maior para jogarmos os 90 minutos bem.

Acha que os jogadores gostam de ouví-lo falar em campo?
Vejo as reportagens do pessoal elogiando. Falam da minha volta, da confiança que eu passo, então percebo que eles se contagiam com a minha vontade e a minha determinação para vencer os jogos. Sei que chego até a ser chato pela minha vontade de ganhar. Como falei com o Zé Vitor, que sei que não é fácil (entrou durante o clássico). Facilita que estou na sobra, vendo o jogo. Falo para o Casemiro que tem de dar um pique de dez metros em vez de 50.

Se levar uma bronca, aceita também numa boa?
Aceito, estamos todos ali para a atenção ser chamada, não sou perfeito, então aceito. Assim se faz um líder, que reconhece os erros. Temos de ouví-los, como Rogério, Miranda, Richarlyson, Fernandão. Eles sempre orientam, o mais importante é o São Paulo estar no caminho certo e vencer.

De alguma maneira, acaba ajudando também os garotos?
Ajuda, sempre o mais velho tem de ser espelho, como tenho pelo Rogério, Jorge Wagner e Fernandão. Tenho 25 anos e esses meninos acho que me têm como exemplo. Me escutam. Falei com o Zé Vítor, que é na vontade que se cobra um pouco a mais. Eles escutam muito a gente, é bom.

Gostou do esquema com três zagueiros, como no clássico?
Gostei pelo fato de, depois de mais de 40 dias, voltar a jogar. Na sobra você ganha ritmo e confiança rapidamente. Com o Souto, se viessem só com um atacante, não precisaria fazer substituição, era só adiantá-lo. Gostei, deu mais liberdade para o Marcelinho (Lucas), Ilsinho e depois o Jean. A formação ajuda, dá para eu ver melhor o jogo e orientar.

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