Um dos fatores que mais diferencia a campanha do São Paulo no Brasileirão 2010 daquelas que levaram o time ao tricampeonato consecutivo entre 2006 e 2008 é a queda de produção de sua defesa. Até agora, foram 30 gols sofridos em 22 jogos na competição. Nos anos anteriores, em 38 partidas, as marcas foram, respectivamente, de 32, 19 e 36 gols .

Nesse cenário, o retorno de Alex Silva ao time depois de 45 dias fora é encarado como esperança de solução para colocar a defesa são-paulina de volta aos eixos. No período em que o jogador ficou fora, foram dez jogos, com retrospecto de três vitórias, quatro empates e três derrotas. Antes da volta, o zagueiro falou do nervosismo de assistir essas partidas de casa.

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“Eu fico doido. Fiquei um mês assistindo os jogos na minha casa, pulando, gritando. Sou um jogador que sempre vem pra ganhar, sempre fui jogador de muita gana, às vezes você fica irritado. Queria voltar em um momento melhor na competição, mas infelizmente é esse momento. Espero que com a minha volta possa voltar também uma empolgação de todo o time”, disse.

Durante a ausência de Alex, a formação que mais se repetiu na zaga do São Paulo foi a dupla Xandão e Miranda, titular em cinco oportunidades. Contudo, outras lesões, e, principalmente, as suspensões por cartões amarelos forçaram o técnico Sérgio Baresi a escalar outras cinco opções de defesa: Renato Silva, Samuel e Miranda; Renato Silva e Samuel; Xandão, Renato Silva e Miranda; Renato Silva e Miranda; e Xandão e Samuel.

Com o “reforço”, Baresi cogitou até a possibilidade de mudar o esquema de jogo, passando do 4-4-2 para o 3-5-2. “[O 3-5-2] pode dar mais estabilidade no setor defensivo, porque nós temos tomado muitos gols. Vamos pensar e procurar o melhor esquem para domingo”, disse o treinador depois da derrota para o Internacional na última quinta-feira.

Independente do esquema, no entanto, o que Alex Silva diz esperar é que sua volta melhore a equipe não apenas técnica e taticamente. Ele espera ser capaz de aumentar também a motivação dos companheiros.

“Sempre que entro em campo traço uma meta que é de não tomar gols, como foi em 2007, que passamos vários jogos sem tomar gols. [A lesão] foi uma fase complicada, que já passou. Agora é hora de entrar, das orientações no setor defensivo e tentar trazer de volta a motivação não só pra mim, mas pra todos”, disse o camisa três.

Palmeiras e São Paulo jogam às 16h deste domingo no estádio do Pacaembu. No último encontro das duas equipes no local, em 2005, o Palmeiras venceu, de virada, por 2 a 1. Além disso, os visitantes enfrentam um jejum de mais de três anos sem vencer no estádio municipal.

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