Lucas estreou com derrota. E uma certa confusão em campo. Afinal, até um dia atrás, ele atendia pelo nome de Marcelinho. O meia/atacante do São Paulo foi chamado das duas formas pelos companheiros de time. “Quem veio da base, como o Casemiro, me chama de Marcelinho. Mas o pessoal do profissional me chamou de Lucas”, disse.


Em alguns lances, atletas como Jorge Wagner, Miranda e Jean chamaram o colega pelo apelido. O atacante Fernandão não errou nenhuma vez e só se dirigiu ao companheiro pelo nome Lucas. Este, por sua vez, garante que não se atrapalhou por causa dos dois nomes. “Eu já estava acostumado com Marcelinho, então não perdi nenhuma bola por causa disso”, afirmou.

O jogador, puxado da base por Ricardo Gomes e efetivado no time de cima pelo técnico interino Sérgio Baresi, andava chateado com o apelido. Quando adolescente, ele jogou na escolinha de Marcelinho Carioca. Foi para a base do Corinthians e, embora tenha sido registrado com o nome Lucas, ficou com o apelido homônimo do ídolo corintiano.

Desde que subiu para o profissional, Lucas queria ser chamado pelo nome próprio. Consultou os assessores de imprensa do São Paulo e também o vice-presidente de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva. Pediu para voltar ou começar a ser chamado de Lucas. O clube então criou uma “apresentação oficial do novo jogador”.

O problema é que, na noite do dia seguinte, a equipe dirigida por Sérgio Baresi perdeu por 3 a 1 para o Internacional. “Não fomos bem”, disse Lucas ao Blog do Boleiro.

O São Paulo vai para o clássico deste domingo, contra o Palmeiras, em busca de reabilitação. Tenta a oitava vitória no Campeonato Brasileiro para subir da 12ª posição na classificação. Baresi vem avaliando se altera o esquema 4-4-2 para jogar com três zagueiros.

Lucas nunca enfrentou o Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Na base, garante ter se dado muito bem diante do adversário. “Ganhei até título, No infantil, fizemos a final do Torneio Brasil x Japão e ganhamos por 4 a 1. Dei duas assistências”.
O garoto sabe que o São Paulo passa por momentos difíceis, no limite de uma crise. Mas é um cara otimista: “Vai dar tudo certo”. Ele inclui nesta frase um bom resultado no domingo e também ao fato de que não vai se atrapalhar se continuar sendo chamado de Marcelinho. “No começo vai ser assim. Depois melhora”, disse.
Terra