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Se um são-paulino está com dificuldade de andar e resolve tirar o sapato, a chance de ter uma pedra chamada Inter lá dentro é bem grande. Assim como aconteceu na semifinal da Libertadores deste ano e na final da edição de 2006, na noite desta quinta o Tricolor caiu para o time gaúcho, no Morumbi, e viu a sua vida ficar complicada.

Os 3 a 1 do Colorado, além de representarem a segunda derrota seguida do São Paulo - após três vitórias consecutivas -, também serviram para fazer com que o hexacampeão brasileiro ficasse mais distante do seu sonho de aproximar-se do G4. Com o revés, a equipe caiu três postos e ocupa a 12 colocação do Brasileirão, com 28 pontos, nove atrás do quarto colocado, Botafogo, o último que levaria uma vaga na Libertadores e a 13 do líder, Fluminense. Os são-paulinos estão mais perto é da zona da degola, a sete pontos de distância.

A partida começou com pinta de que o Inter acabaria levando a melhor. Como se atuassem em Porto Alegre, os colorados marcavam sob pressão os são-paulinos, que tinham dificuldade até para ultrapassar o meio-campo. Por conta do domínio territorial, o Inter precisou de apenas nove minutos para abrir o placar. Em jogada ensaiada, o argentino D?Alessandro bateu falta pela esquerda, Índio, quase na linha de fundo, ajeitou de cabeça para o meio e o volante Wilson Matias, livre, concluiu: 1 a 0.

O gol acabou acordando o Tricolor. Demonstrando mais dedicação, os comandados de Sérgio Baresi foram para cima e empataram, aos 19. O ala Jean bateu falta pela direita e Cléber Santana cabeceou para a rede. Mas, aos 37, o beque Miranda recuou bola na fogueira para Rogério Ceni, que teve de chutar para a lateral. Após a cobrança, Tinga tocou para Giuliano e o jovem rolou com categoria para Leandro Damião tocar por cima do camisa 1.

Na segunda etapa, só deu Inter e veio o terceiro tento. Aos 17, Tinga cruzou da direita e o Giuliano aproveitou confusão na área para marcar. E a torcida tricolor não comemorou mais nada, apenas proferiu sonoras vaias para o time derrotado.