
Nação do Maior do Mundo;
Não sei se torço ou rezo para esse time de 2010.
Claramente inferior em campo, mesmo jogando em casa e tentando impor seu jogo, o São Paulo perde o jogo, o embalo e vê a chance de embalar na competição ruir como um castelo de areia em pleno Cícero Pompeu de Toledo, o maior estádio da cidade.
E vejam o detalhe sórdido: Nas quatro partidas que fizeram nesse ano, São Paulo e Inter tiveram duas vitórias cada. Cada um ganhou uma em casa e uma fora. Mas quem levou a melhor na Libertadores todo mundo sabe.
A derrota maiúscula de hoje, imposta pelo íntimo adversário, tem algumas razões. A única natural e tolerável é o processo de renovação que acontece no time, com a entrada de novos jogadores, como Lucas e Casemiro, que misteriosamente nem esteve em campo hoje. A renovação é importante e salutar, mas deixa a equipe naturalmente instável. As demais razões, verdadeiros tormentos de quem torce para o Maior Clube do Brasil, são a incompetência, a improvisação e a inoperância.
Incompetência de não termos um meio campo que siga a linhagem tricolor, isso é, que misture garra com toque de bola. O São Paulo hoje nem marcou nem tocou. Todas as jogadas sairam praticamente de ligação direta. Foi presa fácil para o meio campo criativo e equilibrado do adversário, que tem quatro vezes mais meias de criação que o nosso elenco. Jorge Wagner e Cléber Santana não criaram. Rodrigo Souto sozinho na marcação não joga.
Improvisação porque temos dois alas que não fazem a função de alas. Enganam tanto no ataque quanto na defesa. Por mais ruim que seja Junior Cesar, é inadimissível não vê-lo no lugar de Richarlyson. Por mais fora de forma que Ilsinho esteja, é um desgosto ver Jean em campo fazendo essa função. E eu nunca vi um time de futebol vencedor sem alas ou laterais que exerçam com plenitude suas funções. Mas parece que existe uma “maldição” que obriga qualquer técnico a escalar Richarlyson e Jean como laterais. E o pior: Tem gente que quer nos fazer acreditar que viraram laterais.
Inoperância porque Sérgio Baresi, por melhor que tenha se saído na base (e ele se saiu muito bem) não está conseguindo domar tecnicamente essa equipe. Hoje escalou um time sem pegada, vulnerável no setor decisivo de qualquer jogo (o meio campo) e mais uma vez mostrou alterações de gosto duvidoso. Ou alguém acredita que Carlinhos Paraíba aos 40 do segundo tempo vai mudar alguma coisa? O que se viu hoje foi um técnico jovem com alma pragmática. E falo isso com muita tristeza pois gosto muito do Sérgio Baresi. Muito competente, mas ainda imaturo para pegar um SPFC. Culpa nossa, que arrastastamos a contratação de um comandante, já que nosso próprio presidente disse para toda a imprensa que Sérgio não é técnico efetivado. Como vamos cobrar Baresi, então? Ele não é o técnico…
A reação foi freada e a esperança se dizimou. A não ser por uma raridade do futebol, daquelas que nem o mais santo dos santos possa acreditar, daqui por diante o torcedor do Maior do Mundo terá que se contentar em ganhar dos que estão atrás e não perder de quem está na frente dele na tabela. Queria morder muito a minha língua, mas não acredito que haverá um “pacto” como houve em 2008, sob o comando do Muricy. Sobra incompetência no meio campo, improvisação nas laterais e inabilidade no comando do time.
Saudações tricolores!
Melhores do SPFC: Lucas (pela vontade) e Fernandão (pela vontade) tentaram jogo.
Piores do SPFC: Baresi (escalou mal e substituiu pior), Laterais e marcação no meio campo.
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