Sérgio Baresi segue interinamente no cargo. O técnico, que esteve à frente do São Paulo nas últimas oito partidas (três vitórias, três empates e duas derrotas), não deve ser efetivado no cargo. Mesmo com um desempenho mediano (50% de aproveitamento), o presidente Juvenal Juvêncio, que bancou o nome do comandante quando demitiu Ricardo Gomes, não o garante para até o fim deste ano.

– Os resultados são bons, eu estou gostando, mas vamos aguardar um pouco. Nós temos um planejamento – comentou o mandatário, na pré-estreia do filme “Soberano”, na noite da última segunda-feira.

A opinião é corroborada pelos demais dirigentes. Na semana passada, questionado pelo LANCENET! , o diretor de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, também fez elogios a Baresi, mas disse que o planejamento de buscar outro treinador seria seguido. Segundo a cúpula, Baresi continua até que outro seja escolhido.

Um dos pontos que pesam contra o interino, fazendo com que seus resultados sejam medianos e, com isso, não agrade por completo para ser efetivado, é o setor defensivo. Melhor nos Brasileiros de 2006, 2007 e 2009, e segundo melhor em 2008, este ano é apenas o 12 no geral. Quando Baresi assumiu, o Sampa era oitavo. Na época, a média de gols era de 1,15, hoje chega a 1,5. São 12 sofridos em oito jogos.

Em nenhum desses confrontos Alex Silva esteve em campo. Para quinta-feira, ele pode ser a novidade.

– Alex treinou 45 minutos (jogo-treino de segunda-feira). Mas sabemos que estamos indo com calma, ficou um mês parado. Estamos preparando para o jogo de domingo – ponderou Baresi, apesar de o departamento médico ter liberado o defensor para enfrentar o Internacional.

Miranda, que cumpriu suspensão automática frente ao Botafogo, está garantido entre os titulares. Samuel o substituiu. Se Alex não for escalado, Xandão permanece no setor.

Para continuar na luta pelo G4, o São Paulo precisa melhorar o setor que se destacou nos últimos anos. Só assim, com bons resultados, Baresi vai conseguir mudar a posição de Juvenal, que ainda é de desconfiança. Na briga, quem sabe o técnico não é mantido ao menos até dezembro.