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A tabela do Campeonato Brasileiro prevê um período de quase dois meses, entre o final de agosto e o início de outubro, sem que os times ganhem folga no meio de semana. Para o técnico do São Paulo, Sérgio Baresi, a chamada maratona de jogos é um fator decisivo que atrapalha o desempenho de seu próprio time e de todos os outros participantes da competição.

“Tempo é fundamental. O grande problema nosso, não só do São Paulo, mas de todos os técnicos, é que não conseguimos trabalhar taticamente jogando quarta e domingo, ou quinta e sábado. Se você treina tática, é uma atividade mais parada, não movimenta os jogadores. Estamos priorizando a dinâmica de trabalho, e a minha convicção é de que essa é a direção certa”, afirmou.

Mesmo com as reclamações, Baresi acredita que exatamente o aspecto tático tenha sido uma das mudanças promovidas na equipe desde sua chegada. “Sem avaliar o trabalho do professor Ricardo [Gomes], estamos evoluindo nesse sentido, a equipe está mais compacta, com uma coesão forte, chegada daqueles que vem de trás. Isso é treinamento”.

O treino da equipe na manhã desta terça-feira no Centro de Treinamentos da Barra Funda foi um bom exemplo da importância que Baresi dá para o aspecto tático. Em mais um treino inovador, ele fez uma atividade em campo reduzido em que um time atacava contra apenas um gol, defendido por Rogério Ceni, e o adversário podia marcar em três metas diferentes.

Se ainda encara desconfiança entre torcedores e até alguns dirigentes do São Paulo, Baresi parece ser visto como unanimidade pelo menos entre os atletas. Nesta terça, foi a vez de Ilsinho rasgar elogios ao comandante.

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“[Baresi] tem toda condição de levar o São Paulo a algo mais. A gente vê pelo treinamento que é um técnico moderno, a gente vê pelos exercícios de campo reduzido, posse de bola, eu adoro fazer isso. É um grande treinador, mas tem que ter sorte. Acredito no trabalho dele, mostrou isso em Cotia, mas precisa de tempo”, diz o ala.