Um dos argumentos da diretoria para não reajustar o salário do técnico é que com as premiações por vitórias ele ganha mais por mês do que com salários. E isso já pode ser considerado um aumento _ na prática, um reajuste por produtividade.
Para mantê-lo com status de interino, a diretoria argumenta que não quer queimá-lo. Em outras palavras, mesmo se tudo der certo e o São Paulo terminar bem o Brasileiro, os dirigentes planejam trocar Baresi por um treinador mais experiente no final do ano. Se tiver for efetivado como técnico e ganhar aumento, ele se tornará caro para a base e terá de ser demitido. Caso continue como interino, no final do ano fica mais fácil mandá-lo de volta para o departamento amador.

Lógica semelhante funciona com o eterno auxiliar Milton Cruz. Ele não gosta de ficar como treinador interino, prefere não correr o risco de ser efetivado como técnico. Prioriza a estabilidade de seu emprego, com um salário maior do que o dado a Baresi.