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Tricolor desencanta na noite de Dagoberto

Daniel Batista

Uma vitória da raça, da raiva e da resposta para quem tentou boicotá-lo. O São Paulo bateu o Atlético-GO por 2 a 1 na noite de Dagoberto, nesta quinta-feira, 2. Parecia que ia dar tudo errado, mas ele não se abalou. Reclamou, pois já esta acostumado a ser menosprezado no Tricolor. Mesmo com Fernandão machucado, Baresi optou por deixá-lo no banco e colocou um meia, Marlos, improvisado.

Evidentemente, Dagoberto se irritou. Antes do jogo, com a cara de poucos amigos, lamentou. Parecia que ele previa o que estava por vir. Tanto que espertamente fugiu ao ser indagado se a ordem de não colocá-lo teria partido da diretoria. “Melhor eu não falar nada”. E fez bem.

Do banco de reservas viu Fernandinho, Marlos e Marcelinho perderem boas oportunidades de marcar. Olhava estupefato, sabendo que embora não seja um primor da técnica, ele sabe fazer gols. Mas assistiu a todo o primeiro tempo sentado no banco de reservas.

No intervalo, recebeu a boa notícia. Teria a chance de mostrar que ainda pode fazer muito pelo time, ao contrário do que pensam alguns dirigentes, como o vice-presidente de futebol do Tricolor, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que faz questão de criticá-lo.

Na volta para o segundo tempo, Dagoberto foi o primeiro a entrar em campo, saiu correndo parecendo que já estava no jogo. A pequena torcida que compareceu ao Morumbi festejou. A arquibancada estava a seu favor.


Dagoberto comemora o seu gol, o segundo do São Paulo (Foto: José Patrício/AE)

Cada jogada, Dagoberto parecia brigar por um prato de comida. Sabia que essa oportunidade era o jogo da sua reabilitação. Aos 4 minutos, pegou a bola, se livrou da marcação e arriscou um chute da entrada da área. A bola passou por cima do gol. Mas ele não desistiu. Afinal de contas, quem estava em campo era o artilheiro da equipe e o novo xodó da torcida.

O apoio das arquibancadas foi agradecido da melhor forma possível. A noite era para ser de Dagoberto, tanto que até algo que está longe de ser sua especialidade, a bola aérea, deu certo. Aos 24, Marlos cruzou para a grande área. O atacante deu um jogo de corpo no zagueiro e ficou livre para cabecear e mandar para a rede. O sabor da vitória e da vingança estavam misturados. Alucinado, saiu correndo, tirou a camisa, e foi se ajoelhar em cima do símbolo do clube. Com as mãos para o céu, agradeceu à torcida e aos deuses.

“Isto foi uma homenagem para a torcida. Ela sabe tudo que está acontecendo comigo”, desabafou ao final do jogo. Em suas palavras, não escondia a irritação, mesmo tentando evitar polêmicas. Ontem, ele deixou o gramado como o salvador. Na primeira vitória de Baresi, brilhou o rejeitado Dagoberto.

O próprio técnico teve de engolir. “Ele tem todo o direito de expressar sua vontade. Eu escalo de acordo com o que eu vejo nos treinos. A diretoria não tem interferência nenhuma. Acho até que para ela seria melhor ele jogar, já que quer vendê-lo. Domingo pode ser que ele comece como titular, pois jogou muito bem.”

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