Crédito: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM
Quando a diretoria do São Paulo abriu os portões do Centro de Treinamento da Barra Funda para a torcida dita Organizada pressionar os jogadores, eu discordei e continuo discordando.
Acho que não foi boa atitude e não foi a primeira vez que aconteceu.
É uma forma de uma diretoria dizer que está de bem com a torcida e tirar a sua própria responsabilidade.
Disse também na época que 20 gatos pingados, mesmo que Organizados, não representam a grande torcida sãopaulina que não tem tempo de ficar correndo atrás de jogador num dia de trabalho à tarde.
Disse e continuo pensando da mesma forma: Torcida Organizada não serve para nada, ela usa e abusa do clube, não dá nada em troca a não ser pancadaria, algumas palavras de ordem nos estádios e quer ônibus, passagem de avião e ingresso de graça.
São os chamados torcedores profissionais. Muitos de seus integrantes não fazem mais nada da vida. Vivem às custas do clube para o qual dizem torcer.
O verdadeiro torcedor não tem facção a não ser o próprio clube do qual compra ingresso, aplaude ou vaia no estádio e usa a camisa.
Os jogadores foram praticamente obrigados a conversar com o bando autorizado a entrar no CT.
Passados alguns dias, mesmo com essa suposta pressão orquestrada e autorizada pela diretoria, a crise no Morumbi é a mesma de antes.
O zagueiro Miranda, um dos principais jogadores do time e grande campeão pelo tricolor, não engoliu a situação até hoje e desabafou na sua última entrevista. Veja abaixo:
“A cobrança vai existir, no dia a dia somos cobrados, mas a cobrança natural tem que ser feita no estádio. A partir do momento em que eles vêm no CT, acho que deveriam organizar um pouco melhor para ser uma reunião e não um encontro entre jogador e torcedor. Achei que fomos pressionados. Sei que estamos atravessando um momento ruim, pressão vai existir, mas achei que não foi correto”
Boa, Miranda. Como disse Zico outro dia na Jovem Pan, atualmente parece que jogador anda sem personalidade e com medo de dar declarações, de falar o que pensa, mas o zagueiro sãopaulino provou que ainda há esperanças nesse meio.
Há momentos na vida que é preciso dizer e mostrar o que se pensa. Se não vira uma ameba e daí perde o respeito de vez, dos outros e de si mesmo.
Miranda é um jogador consagrado e não precisa ficar aplaudindo vagabundo nenhum para sobreviver. É o contrário.
Se acharem que não está jogando bem que o vaiem do alto das arquibancadas e que o técnico o tire do time, mas para por aí. Ele não é obrigado a ficar ouvindo besteiras no seu local de treinamento.
Crédito: Luiz Pires/VIPCOMM
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