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Sem Autuori, São Paulo deve manter Baresi até o fim do ano

A diretoria do São Paulo jogou a toalha: vai permanecer com Sérgio Baresi até o fim do campeonato. A única hipótese de o treinador cair é se ocorrer uma "catástrofe" nas próximas rodadas. Leia-se derrotas acachapantes ou um passo para a zona da degola. O motivo da decisão é um só: Juvenal não conseguiu avançar nas negociações com Paulo Autuori, o primeiro da sua lista. Autuori tem contrato até 2011 com o Al Rayyan, do Catar. Apesar de não ter multa rescisória e de receber um salário até menor que estrelas do futebol brasileiro (cerca de R$ 300 mil), outras situações o seguram no país.

O técnico recebeu um polpudo adiantamento dos árabes e teria de devolvê-lo caso quisesse retornar ao Brasil. Esta possibilidade é mínima, já que tem bom relacionamento com os diretores da equipe, que até conseguiram emprego para seu casal de filhos em uma multinacional no Catar. "O Autuori tem o perfil do São Paulo, mas muitos impeditivos para chegar. Ele não poderia assumir o time agora", disse o diretor João Paulo de Jesus Lopes.

A direção reviu seus argumentos e agora defende que o interino, apesar da pouca experiência - treinava a equipe Sub-20 até o início do mês -, está fazendo um bom trabalho. Os dirigentes já viram evolução na equipe. Só a atuação do time na derrota para o Corinthians (3 a 0) foi criticada pela cúpula. Baresi, no entanto, pode ter problemas para definir o São Paulo que enfrenta o Atlético-GO, amanhã, no Morumbi. Fernandão, com entorse no tornozelo, ainda não treinou. Derrota seria uma das catástrofes que poderiam minar o seu trabalho.

REFORMA DO MORUMBI

O São Paulo perdeu para o Corinthians a disputa pela abertura e a possibilidade de receber mais jogos da Copa do Mundo de 2014, mas mantém o desejo de reformar o Morumbi. Apesar de ter perdido o chamariz da competição para atrair parceiros, o clube está prestes a fazer um financiamento com a Caixa Econômica Federal para modernizar o estádio. Seria uma espécie de "prêmio de consolação" do Governo Federal para os são-paulinos, que perderam tempo e dinheiro elaborando projetos que atendessem aos desejos da Fifa.

"Não vejo razão para o plano de modernização do nosso estádio não continuar", disse João Paulo de Jesus Lopes. "Apesar de o Morumbi não ser mais o estádio da Copa de 2014, continuará sendo o mais importante de São Paulo e o de maior capacidade também, já que as outras arenas que estão sendo construídas (do Corinthians e do Palmeiras) serão para menos de 50 mil pessoas." O Itaquerão, no entanto, pode nascer com capacidade maior, de 68 mil lugares. (Giuliander Carpes - AE)

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