Nação do Maior do Mundo;
O resultado acabou sendo injusto para o São Paulo, mas quando a fase não ajuda (e a equipe também não) nem pênalti claro é marcado. O zero a zero, fruto de quase um jogo de “ataque contra defesa” mostrou que paciência e a tranquilidade serão as maiores virtudes para o tricolor sair da situação incômoda que se encontra o clube desde a volta da Copa do Mundo. Difícil para um clube acostumado com a outra ponta da tabela.
Sérgio Baresi entrou com uma equipe leve e veloz em campo, sacando Fernandão e Cléber Santana para as entradas de Fernandinho e Richarlyson, que jogou como meia ao lado de Marcelinho, outro que começou jogando no lugar de Marlos. Assim, a equipe dominou boa parte do primeiro tempo, com uma marcação no campo do adversário e tentativas de tabela entre os jogadores, que afunilaram muito as jogadas no ataque. As oportunidades surgiram e por pouco a equipe não abriu o placar. Faltou o último passe e uma boa dose de pontaria. O adversário não demonstrou perigo.
Veio a segunda etapa e nosso técnico mexe em duas peças, tirando Casemiro e Ricardo Oliveira (dores no joelho), recuando Richarlyson e promovendo a entrada de Carlinhos Paraíba no meio-campo. Logo no início um puxão em Fernandão, que poderia marcar o gol dentro da área revoltou a torcida. Simon (o famoso amarrador de jogo) na maior cara de pau nada marcou. A equipe continuou pressionando o tímido rival, que tentava um contragolpe em um erro da defesa tricolor. O erro não aconteceu e a única jogada vascaína aguda durante todo o jogo foi um cruzamento perigoso da direita para dentro da grande área, sem sucesso.
Enquanto isso o tricolor atacava, mas padecia do crasso erro da montagem do elenco. Não há um ser humano no elenco capaz de deixar os nossos atacantes na cara do gol. Pode colocar o Drogba, o Klose e o Milito lá na frente que todos serão queimados pela escacez do nosso meio-campo criativo. Dagoberto entrou no lugar do Fernandinho e, mesmo querendo mostrar serviço após a estadia no banco de reservas, não foi capaz de salvar o Maior do Mundo da pasmaceira criativa.
O adversário, como no primeiro tempo, só se limitou a se defender e saiu comemorando o ponto conquistado. Se eu fosse o Vasco teria me aproveitado da fase tricolor e ao menos tentado dar UM chute a gol. Já o Maior do Mundo continua batendo cabeça pois até nas cobranças de falta perto da área, marca registrada de Rogério “Air” Ceni a gente viu um Carlinhos Paraíba estabanado chutando a bola para quase o anel intermediário do estádio. Deixa para quem sabe, pô!
Uma pergunta que faço ao jovem Baresi. Com toda essa lama criativa, será mesmo que não dá para ter um lugar para Jorge Wagner nesse meio-campo? Se não dá, por favor liberem o cara para o Bahia, para o Japão, para onde ele bem entender.
O desequilíbrio do time é responsabilidade única e exclusiva da diretoria. Mas nesse momento, além de demonstrar toda a insatisfação com o planejamento medíocre e a omissão em ver os erros claros durante a Copa e até o fechamento da janela, temos que ter paciência com esse elenco. Posso dar certeza absoluta que nesse jogo empenho não faltou. Muito pelo contrário: Todos os jogadores demonstaram vontade de sair da posição incômoda da tabela. Houve uma pequena evolução técnica que não serve de consolo, mas pelo menos dedicação a gente viu de todos os jogadores, até mesmo aqueles que podem estar de partida.
O que faltou hoje (além da criação de sempre) foi tranquilidade, e muita pontaria.
Saudações tricolores!
Melhores do SPFC: Xandão e Miranda (seguros e empenhados, apesar do pouco perigo vascaíno)
Piores do São Paulo: Fernandinho (muito pouco até agora) e Fernandão (inofensivo a defesa vascaína)
Menção honrosa a um medíocre no apito: Carlos Eugênio Simon. Ele sabe muito bem amarrar um jogo quando quer. Deixou de dar várias faltas para o tricolor e apitou o final do jogo para não se comprometer a dar uma falta perigosa nos acréscimos, mas um pênalti incrível não marcado em Fernandão (puxado como mostra o vídeo do Globoesporte.com) mostra que ele ainda mantém o seu dom de estragar uma arbitragem.
Imagens: Vipcomm
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