O vice-presidente de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, disse nessa terça-feira que o clube pode até mudar o comando técnico do time nas próximas 24 horas, mas acredita que isso não acontecerá. Em entrevista ao programa "Arena SporTV", o dirigente disse ainda que Paulo Auruori é um nome de peso para assumir o Tricolor.
Leco aproveitou também para falar sobre a conversa da torcida com os jogadores no treino de segunda-feira e para analisar as passagens dos últimos dois treinadores da equipe: Muricy Ramalho e Ricardo Gomes.
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Novo técnico
"Nós entendemos que a partir da experiência com o Baresi, por quem temos um reconhecimento do trabalho e talvez a circunstancia e a falta de bagagem acaba comprometendo, o resultado define. Mas a partir do momento que concluirmos conveniente a mudança, e estamos pensando nisso, queríamos tranquilidade para o Baresi, só que não estamos fechados para mudar. Queremos um tecnico com autoridade, conceito disciplinador. Um homem experiente e que tenha sorte".
Mudanças no Tricolor
"Gostamos do Sérgio Baresi, mas procuramos um técnico disciplinador, experiente e que tenha sorte. A mexida não significa trocar apenas o Sérgio Baresi. O sacrifício dele pode ser retornar ao time de juniores. Pensamos também em utilizar mais jogadores da base".
Ricardo Gomes
"Ele é um técnico respeitabilíssimo e conhece bem de futebol. Mas ele não ganhou. A torcida do São Paulo está acostuma com títulos. Foi uma boa experiência".
Muricy Ramalho
"O Muricy era resistente ao aproveitamento dos jogadores da base. Só o Breno que entrou no time e ainda correu risco. Insistimos e acabou dando certo. Ele não teve muita afeição dessa ideia (de aproveitar a base). Também não posso condená-lo por isso".
Preocupação com o rebaixamento
"O São Paulo tem condições e elenco para sair dessa situação. Mas o risco (de cair) não é desprezível. Outros clubes grandes já experimentaram esse sabor amargo, e 20% dos clubes caem. Temos que sair dessa (fase) logo. O nível dos clubes brasileiros se elevou nos últimos anos. O Avaí era uma equipe mediana, que vem jogando bem. O Botafogo, que não teve times expressivos nos últimos anos, agora está em terceiro lugar".
Conversa com a torcida
"Em um primeiro momento, ficamos assustados. Depois, o Juvenal (Juvêncio, presidente tricolor) permitiu sem hostilidade e constatei que foi positivo, porque representam um extrato da célula torcedor de futebol do São Paulo. Aquilo era um sentimento de todos. A preocupação inicial era com distúrbio ou gesto de agressão. Não foi. Há a pressão, mas mostra que estão presentes e querem inverter esse quadro. Por terem sido atendidos, já reduz a carga de pressão".