A vida de uma atleta de alto rendimento nem sempre se resume às pistas, viagens e competições mundo afora. Maurren Maggi é a prova de que é preciso vencer dentro e fora do esporte.
Mãe, atleta, torcedora. Maurren é um pouco de tudo.
Comemorando dois anos da conquista da medalha de ouro no salto em distância dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, a atleta do Tricolor deu entrevista exclusiva ao site oficial do São Paulo FC, relembrando momentos marcantes de sua trajetória e contando como é ganhar a vida saltando os obstáculos do cotidiano.
Dia 22 de agosto é o aniversário de 2 anos da sua medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. O que vem à sua cabeça quando pensa nessa conquista?
Vem muita coisa na minha cabeça. A cada dia eu dou mais valor ao que eu fiz na minha vida, porque foi tanta dificuldade que eu passei.
É óbvio que só vêm momentos de glória na sua cabeça quando você está lá recebendo a medalha, cantando o hino... É tudo lindo e maravilhoso, mesmo. Mas eu vejo o quanto de dificuldade eu tive para poder chegar aonde eu cheguei.
Então, se eu quiser conquistar mais uma medalha e defender meu título em Londres, será um caminho longo e tão árduo quanto esse que foi em Pequim. Porque eu tenho uma medalha, então todo mundo de repente acha 'ela ganhou uma, ganhar a outra vai ser fácil'. Não é bem assim, mas eu vou fazer de tudo o que eu puder. Eu sei como se faz para ganhar uma medalha, e sei das dificuldades.
O trabalho do esportista não termina com a conquista. Suas adversárias trabalham para desbancá-la, não é mesmo?
Elas não dão folga! As minhas adversárias são novas, então elas se renovam bastante. Eu é que sou teimosa na verdade, mas eu gosto disso em mim. E acho que é o meu diferencial. É a briga de eu estar lá, é a conquista, é querer estar lá de verdade.
Como está sua preparação para 2012?
Os treinamentos estão cada vez melhores, apesar do inconveniente da última lesão na coxa. Mas isso não me impede de voltar bem. Estou muito bem.
Estou bem psicologicamente, que é o que mais importa. Meu corpo ainda tem muita coisa para melhorar, mas estou me sentindo muito bem, muito rápida, muito forte. Acho isso muito imporante.
Já está totalmente recuperada dessa última lesão?
Praticamente recuperada. A única coisa que não estou fazendo agora é trabalhar a velocidade.
A lesão atrapalhou um pouco a preparação para o Troféu Brasil (de 16 a 19 de setembro no Centro Olímpico, em São Paulo), mas não vai me impedir de saltar. Gostaria de chegar lá com uma marca expressiva. Pensava nos 7 metros. Se conseguir saltar 6,80m ainda este ano estarei no lucro e ficarei muito feliz.
Como é trabalhar com o São Paulo? Qual a importância dos profissionais e da estrutura do clube para uma atleta como você, e não apenas em sua recuperação?
Eu tenho uma história com o São Paulo FC que é muito bonita. Eu sempre tenho muito orgulho de falar que, mesmo antes de fecharmos patrocínio, eles sempre me deixaram as portas abertas para eu fazer o que eu quisesse dentro do clube.
Com o acordo com a Nestlé e o patrocínio, as portas se escancararam. São ótimos profissionais que têm me ajudado, têm facilitado bastante pra mim e tem também a parceria. É como uma família.
A Nestlé investe em seu talento. Para você qual a importância desse investimento?
A Nestlé me dá 100% de segurança para que eu possa fazer o meu trabalho. Preocupados comigo o tempo inteiro. E eu tenho uma intimidade com as pessoas que eu trabalho de falar direto, não há intermediários.
Eu quero que eles saibam como eu estou, como me sinto, como estou me preparando para brigar por medalhas. Acho que esse apoio da Nestlé abriu portas e espero que funcione para outros atletas amadores também. De repente eu sou uma pioneira para chegarem mais atletas, pois é o que buscamos.
Quem sabe no futuro não tenha uma parceria entre o São Paulo FC e a Nestlé, apoiando os jovens talentos que disputarão os Jogos Olímpicos de 2016?
A Fabiana Murer conquistou o Golden League na quinta-feira, no salto com vara. Foi a segunda atleta feminina a conquistar. Você foi a primeira, em 2002, na França. O que sentiu ao ver a Fabiana saltando e chegando a esse importante resultado?
Eu liguei pra ela! Dei os parabéns e falei "arrebenta aí". Convidei ela para jantar em casa. Esse é só o começo e ela tem muito chão pela frente. Conversamos muito após a Olimpíada e pedi para que não se preocupasse com os tropeços, pois eles são normais em nossas carreiras. Ela respondeu que eu era uma prova viva disso. Ela sabe do potencial dela, eu sei do potencial dela, e ela tem muita competência junto com o Elson. É uma atleta que tem muito o que brilhar ainda.
Você é uma pessoa que renasceu várias vezes...
Eu falo que estou cansada. E tenho que tentar renascer toda hora.
O São Paulo está agora em um momento de reformulação e bem ou mal sempre acaba renascendo. Como você vê o futebol do São Paulo, como torcedora?
Não tenho um grande conselho para dar ao São Paulo. É uma equipe com atletas competentes. Eles estavam ligados na Libertadores. Eu também queria mais um título da Libertadores. Mas já que não veio vamos continuar trabalhando. São competentes, são guerreiros. Fases ruins todos temos e eles vão superar essa com certeza.
Um palpite para o clássico de domingo, contra o Corinthians?
Vamos ganhar, 2 a 1! Queria estar lá...
Você é fã de algum atleta?
Sou fã e amiga do Richarlyson. Do Ceni também. Eu sempre cobro ele para fazer gols, pois é sempre um espetáculo. Gosto muito também do Ricardo Oliveira e do Dagoberto. Esse time vai dar trabalho para o Corinthians!
Como é o cotidiano da Maurren?
Sou uma mulher comum. Faço o jantar, faço o almoço. Vou treinar de manhã, faço o tratamento à tarde, enquanto a Sofia (filha da saltadora, de cinco anos) está na escola. Minha trajetória não é a de uma atleta comum. Eu tenho meu dia a dia e faço questão de fazer parte dele.
A Sofia já gosta mais da sua medalha de ouro?
Não (risos), ela ainda gosta mais da de prata. Mas quando chegou meu material do São Paulo, com os detalhes em dourado, os brilhos, ela gostou, sim.
Mãe, atleta, torcedora. Maurren é um pouco de tudo.
Comemorando dois anos da conquista da medalha de ouro no salto em distância dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, a atleta do Tricolor deu entrevista exclusiva ao site oficial do São Paulo FC, relembrando momentos marcantes de sua trajetória e contando como é ganhar a vida saltando os obstáculos do cotidiano.
Dia 22 de agosto é o aniversário de 2 anos da sua medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. O que vem à sua cabeça quando pensa nessa conquista?
Vem muita coisa na minha cabeça. A cada dia eu dou mais valor ao que eu fiz na minha vida, porque foi tanta dificuldade que eu passei.
É óbvio que só vêm momentos de glória na sua cabeça quando você está lá recebendo a medalha, cantando o hino... É tudo lindo e maravilhoso, mesmo. Mas eu vejo o quanto de dificuldade eu tive para poder chegar aonde eu cheguei.
Então, se eu quiser conquistar mais uma medalha e defender meu título em Londres, será um caminho longo e tão árduo quanto esse que foi em Pequim. Porque eu tenho uma medalha, então todo mundo de repente acha 'ela ganhou uma, ganhar a outra vai ser fácil'. Não é bem assim, mas eu vou fazer de tudo o que eu puder. Eu sei como se faz para ganhar uma medalha, e sei das dificuldades.
O trabalho do esportista não termina com a conquista. Suas adversárias trabalham para desbancá-la, não é mesmo?
Elas não dão folga! As minhas adversárias são novas, então elas se renovam bastante. Eu é que sou teimosa na verdade, mas eu gosto disso em mim. E acho que é o meu diferencial. É a briga de eu estar lá, é a conquista, é querer estar lá de verdade.
Como está sua preparação para 2012?
Os treinamentos estão cada vez melhores, apesar do inconveniente da última lesão na coxa. Mas isso não me impede de voltar bem. Estou muito bem.
Estou bem psicologicamente, que é o que mais importa. Meu corpo ainda tem muita coisa para melhorar, mas estou me sentindo muito bem, muito rápida, muito forte. Acho isso muito imporante.
Já está totalmente recuperada dessa última lesão?
Praticamente recuperada. A única coisa que não estou fazendo agora é trabalhar a velocidade.
A lesão atrapalhou um pouco a preparação para o Troféu Brasil (de 16 a 19 de setembro no Centro Olímpico, em São Paulo), mas não vai me impedir de saltar. Gostaria de chegar lá com uma marca expressiva. Pensava nos 7 metros. Se conseguir saltar 6,80m ainda este ano estarei no lucro e ficarei muito feliz.
Como é trabalhar com o São Paulo? Qual a importância dos profissionais e da estrutura do clube para uma atleta como você, e não apenas em sua recuperação?
Eu tenho uma história com o São Paulo FC que é muito bonita. Eu sempre tenho muito orgulho de falar que, mesmo antes de fecharmos patrocínio, eles sempre me deixaram as portas abertas para eu fazer o que eu quisesse dentro do clube.
Com o acordo com a Nestlé e o patrocínio, as portas se escancararam. São ótimos profissionais que têm me ajudado, têm facilitado bastante pra mim e tem também a parceria. É como uma família.
A Nestlé investe em seu talento. Para você qual a importância desse investimento?
A Nestlé me dá 100% de segurança para que eu possa fazer o meu trabalho. Preocupados comigo o tempo inteiro. E eu tenho uma intimidade com as pessoas que eu trabalho de falar direto, não há intermediários.
Eu quero que eles saibam como eu estou, como me sinto, como estou me preparando para brigar por medalhas. Acho que esse apoio da Nestlé abriu portas e espero que funcione para outros atletas amadores também. De repente eu sou uma pioneira para chegarem mais atletas, pois é o que buscamos.
Quem sabe no futuro não tenha uma parceria entre o São Paulo FC e a Nestlé, apoiando os jovens talentos que disputarão os Jogos Olímpicos de 2016?
A Fabiana Murer conquistou o Golden League na quinta-feira, no salto com vara. Foi a segunda atleta feminina a conquistar. Você foi a primeira, em 2002, na França. O que sentiu ao ver a Fabiana saltando e chegando a esse importante resultado?
Eu liguei pra ela! Dei os parabéns e falei "arrebenta aí". Convidei ela para jantar em casa. Esse é só o começo e ela tem muito chão pela frente. Conversamos muito após a Olimpíada e pedi para que não se preocupasse com os tropeços, pois eles são normais em nossas carreiras. Ela respondeu que eu era uma prova viva disso. Ela sabe do potencial dela, eu sei do potencial dela, e ela tem muita competência junto com o Elson. É uma atleta que tem muito o que brilhar ainda.
Você é uma pessoa que renasceu várias vezes...
Eu falo que estou cansada. E tenho que tentar renascer toda hora.
O São Paulo está agora em um momento de reformulação e bem ou mal sempre acaba renascendo. Como você vê o futebol do São Paulo, como torcedora?
Não tenho um grande conselho para dar ao São Paulo. É uma equipe com atletas competentes. Eles estavam ligados na Libertadores. Eu também queria mais um título da Libertadores. Mas já que não veio vamos continuar trabalhando. São competentes, são guerreiros. Fases ruins todos temos e eles vão superar essa com certeza.
Um palpite para o clássico de domingo, contra o Corinthians?
Vamos ganhar, 2 a 1! Queria estar lá...
Você é fã de algum atleta?
Sou fã e amiga do Richarlyson. Do Ceni também. Eu sempre cobro ele para fazer gols, pois é sempre um espetáculo. Gosto muito também do Ricardo Oliveira e do Dagoberto. Esse time vai dar trabalho para o Corinthians!
Como é o cotidiano da Maurren?
Sou uma mulher comum. Faço o jantar, faço o almoço. Vou treinar de manhã, faço o tratamento à tarde, enquanto a Sofia (filha da saltadora, de cinco anos) está na escola. Minha trajetória não é a de uma atleta comum. Eu tenho meu dia a dia e faço questão de fazer parte dele.
A Sofia já gosta mais da sua medalha de ouro?
Não (risos), ela ainda gosta mais da de prata. Mas quando chegou meu material do São Paulo, com os detalhes em dourado, os brilhos, ela gostou, sim.
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