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CBF sofre outra derrota no Clube dos 13

De Vitor Birner

O G-4 paulista, formado pelos 4 maiores times do estado, acertou algumas ações de marketing com a Kaiser nos jogos entre eles.

No clássico São Paulo x Palmeiras, os representantes da CBF que estavam no gramado proibiram a realização delas.

Como estavam perdendo dinheiro, os times consultaram a a dona do futebol brasileiro.

E ouviram que estava vetada qualquer ação de marketing que não envolvesse os patrocinadores da entidade.

Lembro que a Ambev investe na seleção brasileira.

Inconformados, os cartolas levaram o problema ao Clube dos 13. Lá, uma notificação foi elaborada e mandada à CBF.

Nela, o Clube dos 13 alegou que não é justo a CBF que ganha tanto dinheiro com patrocínios, impedir a realização de ações que melhorem as finanças de seus filiados.

A entidade, na maior cara de pau, em 30 de julho, enviou fax respondendo que não reconhecia o Clube dos 13 como representante das agremiações.

Desde 1987, o C-13 trata dos interesses dos times. Em 2000, vale lembrar, organizou a Copa João Havelange por determinação da própria Confederação Brasileira de Futebol

O ato de 2 pesos e 2 medidas levou os advogados do C-13 a pediram cópias dos contratos com as proibições, pois com elas em mãos, qualquer magistrado daria ganho de causa aos seus clientes.

O art 87 da Lei Pelé define que o time de futebol é dono dos direitos sobre sua imagem, marca, nome…

E a CBF não pagou para usá-los.

O tema seria discutidona reunião do C-13 de ontem, contudo, para a surpresa geral, a CBF recuou.

Mandou outro Fax, agora reconhecendo a liberdade legal dos clubes nesse caso.

A derrota de Kléber Leite, candidato de Ricardo Teixeira à presidência do Clube dos 13, pelo jeito ainda está longe de ser digerida.

Essa nova derrota de Ricardo Teixeira mostrou que não há razão para os clubes, donos de torcida e jogadores, temerem confrontos quando o presidente da CBF, que deveria trabalhar para os times ficarem mais fortes, atrapalhar a evolução deles.

Lembro que a situação da CBF é muito mais que cômoda.

Não gasta em contratações e salários de atletas, usa a imagem e o trabalho deles para atrair fortunas, nunca cuidou de estádios, administrações de federações e clubes…

Em suma, a dona do futebol brasileiro é um dos raros lugares onde dinheiro cai do céu.

Se não é capaz de cumprir a obrigação de ajudar, ao menos poderia não atrapalhar.

Evitaria “micos” como esse.

Detalhe

Corinthians e Santos votaram no candidato de Ricardo Teixeira na eleição do C-13.

As direções sãopaulina e palmeirense preferiram Fabio Koff.

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