Nação do Maior do Mundo, alô diretoria omissa;

O jogo era muito complicado. A situação do clube mais ainda. Após a Libertadores 2010, sem Hernanes e ainda sem dois zagueiros (Alex Silva e Xandão) além de Richarlyson e Dagoberto, o São Paulo empata com o Atlético Paranaense fora de casa e agora volta as suas atenções no campeonato brasileiro e principalmente na busca de um novo técnico.

Sem Hernanes, Alex Silva e, principalmente na falta de um lateral direito, o São Paulo entrou em campo num 4-2-3-1, com Ceni, Renato Silva, Miranda, Samuel e Junior Cesar. Jean, Rodrigo Souto, Cléber Santana, Marlos e Fernandão. Ricardo Oliveira é o único no comando de ataque. A formação é bem parecida com a maioria das seleções que jogaram na Copa de 2010.

O primeiro tempo foi movimentado, porém com poucas e incisivas chances das duas equipes. Ceni fez um milagre, mas a bola que chegou mais perto ao gol foi de Ricardo Oliveira, que carimbou a trave dos Poodles. Cléber Santana jogou mais solto, ocupando o espaço do ex-camisa 10 tricolor. O problema crônico do time, salvo as falhas individuais de alguns atletas, é a ausência de um armador que organize as jogadas ofensivas. Uma questão de responsabilidade INTEGRAL da diretoria, que também nos deve a competência de ter um lateral de ofício no clube. Se Ricardo Oliveira (e até Fernandão) tivessem mais chances próximas ao gol creio que o tricolor não sairia do primeiro tempo sem marcar um tento.

Veio a segunda etapa e o jogo caiu bastante, com muita luta no meio e pouca eficiência dos dois times. O tricolor continuava com um jogo sem criação e Milton Cruz, o técnico interino, segurava um terço na mão. Na certa por causa da falta de um lateral direito, já que quem substituía Jean na ala era nada mais nada menos que Renato Silva.

Aos 22 minutos, fim do marasmo. Marlos faz bela jogada na ponta e cruza para Cléber Santana fuzilar as redes paranaenses. Justamente os dois que mais estavam apagados na segunda etapa. O SPFC que naquele momento estava sendo pressionado pelos atleticanos, parecia que iria levar um bom resultado. Ledo engano. Carpegiani descobriu o mapa da mina, colocou Maikon Leite para jogar no lado direito tricolor e pós uma jogada esquisita e, contando com a inestimável colaboração do nosso “eterno” Renato Silva, os donos da casa empataram a partida. Não sei o é pior: Não ter um lateral ou ter Renato Silva jogando na lateral. Sinceramente.

A partir daí, e com a expulsão de Manoel (zagueiro paranaense) o São Paulo acordou e resolveu atacar, assim como os donos da casa. o jogo ficou aberto e totalmente imprevisível. Os atleticanos se safaram de tomar mais um gol e os tricolores pegavam todos os terços do mundo para ajudar o Renato Silva a ser um jogador de futebol.

No final, um empate que, se foi um resultado satisfatório pelas circunstâncias pós Libertadores e da dificuldade em se jogar na Legoland Arena, foi péssimo em termos de classificação na tabela. Pros atleticanos, que são dependentes do estádio deles para se manterem na série A, foi pior. Não dá para reclamar do Milton Cruz, ele não é o técnico. Dá para reclamar sim das últimas contratações do clube, indicadas por ele. Repito mais uma vez o que já falei na última quinta: Não houve falta de raça ou de vontade em campo por parte dos jogadores que aí estão. Falta mesmo um organizador de jogadas e um lateral direito. RESPONSABILIDADE INTEGRAL DA DIRETORIA DO CLUBE!!! Diretores: não sejam omissos, enxerguem além dos jogos!

Saudações tricolores!

Melhores do SPFC: Rogério Ceni (milagroso), Junior Cesar
(ótimo na função de marcar o estreante Guerrón) e Ricardo Oliveira (perigoso quando acionado)
(menção honrosa para o jovem Marcelinho, pelos seus 3 minutos em campo)

Piores do SPFC: Renato Silva (um desastre esportivo), Miranda (irreconhecível) e nossa
diretoria, por não se mexer na função de contratar um armador e um lateral direito para o elenco.