Renan viveu três momentos diferentes nesta quinta-feira. Antes da partida contra o São Paulo, ele vinha há 270 minutos sem levar gol. Durante o jogo, entregou um de mão beijada ao rival. Já na saída do Morumbi, respirou aliviado com a classificação para a final da Copa Libertadores e admitiu o erro ao sair da meta, mas também lembrou que grandes goleiros falham, como o são-paulino Rogério Ceni.

"Quando veio o cruzamento, eu tinha optado por socar a bola. Quando estava no ar já, não sei se a bola passou na luz, perdi o tempo dela e acabei ficando indeciso. Meu erro foi de decisão, deveria ter seguido com o pensamento inicial de socar a bola", disse o arqueiro colorado na saída do vestiário.

A falha que originou o primeiro gol da vitória do São Paulo por 2 a 1, anotado de cabeça pelo zagueiro Alex Silva, fez com que Renan tivesse que conviver com a provocação da torcida tricolor durante boa parte da partida. No entanto, os gritos de "frangueiro" não incomodaram o jogador de 25 anos, que fez parte do grupo campeão do torneio em 2006 antes de ser vendido ao Valencia e retornar ao clube.

Na ocasião, o Inter conquistou a Libertadores justamente em cima do São Paulo, e com ajuda de uma falha do goleiro Rogério Ceni, que soltou a bola nos pés do atacante Fernandão após um cruzamento da direita. Por sua sorte, Renan contou nesta quinta com um placar suficiente para passar de fase.

"O Rogério é mais um exemplo. Ele é, de certa maneira, um ídolo para mim. Um cara que marcou uma geração de goleiros, um nome no São Paulo. Ele errou em final de Libertadores. Mas eu tive a felicidade de o Inter ter passado à final", comemorou o arqueiro, que recebeu apoio dos colegas em campo.

"Tenho personalidade, assumo que errei, mas também não vou me abater. Erros vão acontecer, não só meus, mas dos companheiros também. Goleiro que nunca errou é porque não joga. Foi em um momento em que felizmente pude errar. Agradeço ao grupo por ter me abraçado", encerrou.