Na segunda-feira projetei uma escalação do São Paulo, baseado nas partidas recentes e nas informações da imprensa paulista, que abria margem a duas variações: ou o preferencial 3-5-2, ou o 4-4-2 - leiam aqui, a partir do avanço de Richarlyson para o meio-campo. Mas a proposta defensiva da equipe de Ricardo Gomes apresentou ontem, na derrota de 1 a 0 para o Inter, uma terceira via - ainda com a mesma escalação: o 4-5-1.
Na prática, o sistema prioritário do São Paulo ontem pode ser configurado como um 4-5-1 com três volantes, dois meias centralizados e um atacante de referência (ou 4-3-2-1). O desenho se aproxima bastante do que Carlo Ancelotti fazia no Milan, no “Christmas Tree” (árvore de Natal). Reparem na figura abaixo:
A foto apresenta uma variação de exceção na partida. Provavelmente Hernanes desceu ao primeiro posto para cobrir um eventual avanço de marcação de Rodrigo Souto, que retornou pela posição do camisa 10. No primeiro tempo Richarlyson foi o primeiro volante, com Rodrigo Souto à direita e Hernanes à esquerda na segunda linha. E no segundo tempo (quando fiz a foto acima) Richarlyson passou para a esquerda, marcando D’Alessandro de cima, enquanto Hernanes foi para a direita, e Rodrigo Souto recuou à primeira função.
Mas em determinados momentos de pressão do Inter, Ricardo Gomes apresentou ainda uma variação. Mantendo o 4-5-1, com diferente desenho de meio-campo. Reparem na imagem a configuração de um 4-1-4-1, com a abertura dos meias pelos lados, alinhando-se aos volantes da segunda faixa:
Acredito que Ricardo Gomes tenha pensado em bloquear as jogadas preferenciais do Inter, que são as triangulações laterais com Taison, Guiñazu e Kleber na esquerda, ou D’Alessandro, Nei e Sandro na direita, tendo Andrezinho a liberdade para se aproximar de ambos os trios.
Com estas duas linhas - Richarlyson entre elas - havia marcação dupla pelos lados. Jean e Marlos encaixados em Taison e Kleber, Júnior César e Dagoberto em D’Alessandro e Nei, enquanto o trio Richarlyson, Hernanes e Rodrigo Souto batia com Andrezinho, Sandro e Guiñazu. O que permitia aos zagueiros Alex Silva e Miranda cuidar de Alecsandro.
Nunca é demais lembrar um conceito teórico relevante: quando há encaixe de marcação, quando uma proposta é apenas defensiva, cabe ao time proponente buscar jogadas individuais. A técnica precisa prevalescer para desorganizar a estrutura defensiva adversária. Afinal, se cada jogador cuida de um respectivo, driblá-lo provoca um efeito em cadeia de jogadores deixando seus postos para a cobertura. Outra boa alternativa é o chute à distância.
Taison foi o melhor em campo exatamente porque compreendeu as exigências da partida: driblar e concluir. Partiu para cima em todos os lances, arriscou a jogada individual, e sempre que possível chutou a gol. D’Alessandro fez o mesmo, não com tantos dribles, mas investindo contra a marcação e concluindo.
O Inter foi bem neste aspecto, não se desorganizou e conseguiu, sem abdicar de sua estrutura tática, chegar à quinta vitória em cinco jogos. Um justo aproveitamento de 100%, pelo bom desempenho da equipe treinada por Celso Roth.
Na prática, o sistema prioritário do São Paulo ontem pode ser configurado como um 4-5-1 com três volantes, dois meias centralizados e um atacante de referência (ou 4-3-2-1). O desenho se aproxima bastante do que Carlo Ancelotti fazia no Milan, no “Christmas Tree” (árvore de Natal). Reparem na figura abaixo:
A foto apresenta uma variação de exceção na partida. Provavelmente Hernanes desceu ao primeiro posto para cobrir um eventual avanço de marcação de Rodrigo Souto, que retornou pela posição do camisa 10. No primeiro tempo Richarlyson foi o primeiro volante, com Rodrigo Souto à direita e Hernanes à esquerda na segunda linha. E no segundo tempo (quando fiz a foto acima) Richarlyson passou para a esquerda, marcando D’Alessandro de cima, enquanto Hernanes foi para a direita, e Rodrigo Souto recuou à primeira função.
Mas em determinados momentos de pressão do Inter, Ricardo Gomes apresentou ainda uma variação. Mantendo o 4-5-1, com diferente desenho de meio-campo. Reparem na imagem a configuração de um 4-1-4-1, com a abertura dos meias pelos lados, alinhando-se aos volantes da segunda faixa:
Acredito que Ricardo Gomes tenha pensado em bloquear as jogadas preferenciais do Inter, que são as triangulações laterais com Taison, Guiñazu e Kleber na esquerda, ou D’Alessandro, Nei e Sandro na direita, tendo Andrezinho a liberdade para se aproximar de ambos os trios.
Com estas duas linhas - Richarlyson entre elas - havia marcação dupla pelos lados. Jean e Marlos encaixados em Taison e Kleber, Júnior César e Dagoberto em D’Alessandro e Nei, enquanto o trio Richarlyson, Hernanes e Rodrigo Souto batia com Andrezinho, Sandro e Guiñazu. O que permitia aos zagueiros Alex Silva e Miranda cuidar de Alecsandro.
Nunca é demais lembrar um conceito teórico relevante: quando há encaixe de marcação, quando uma proposta é apenas defensiva, cabe ao time proponente buscar jogadas individuais. A técnica precisa prevalescer para desorganizar a estrutura defensiva adversária. Afinal, se cada jogador cuida de um respectivo, driblá-lo provoca um efeito em cadeia de jogadores deixando seus postos para a cobertura. Outra boa alternativa é o chute à distância.
Taison foi o melhor em campo exatamente porque compreendeu as exigências da partida: driblar e concluir. Partiu para cima em todos os lances, arriscou a jogada individual, e sempre que possível chutou a gol. D’Alessandro fez o mesmo, não com tantos dribles, mas investindo contra a marcação e concluindo.
O Inter foi bem neste aspecto, não se desorganizou e conseguiu, sem abdicar de sua estrutura tática, chegar à quinta vitória em cinco jogos. Um justo aproveitamento de 100%, pelo bom desempenho da equipe treinada por Celso Roth.
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