Santos, SP, 25 (AFI) – Mais do que nunca os velhinhos da CBF precisam pensar na reformulação do calendário brasileiro. Neste domingo, de novo, um grande jogo do Campeonato Brasileiro foi deixado de lado por causa das decisões da Copa do Brasil e Libertadores. Com times mistos, Santos e São Paulo fizeram um clássico feio na Vila Belmiro, pela décima rodada, e vencido pelos donos da casa, por 1 a 0.
Até o gol foi sem querer e típico de várzea. Marquinhos, um dos melhores em campo ao lado de Paulo Henrique Ganso, cobrou falta da direita. O zagueiro tricolor Renato Silva bobeou e marcou, de peito, gol contra.

Esta foi a primeira vitória do Santos no pós-Copa. O São Paulo segue sem triunfar após a paralisação nos meses de junho e julho. A vitória deixou o Santos com 15 pontos, na oitava posição. Já o Tricolor chegou em uma posição complicada, na 15ª colocação, com apenas 12, um a mais que a zona do rebaixamento.

Retrospecto
Ao todo, Santos e São Paulo se enfrentaram 46 vezes na história dos Campeonatos Brasileiros, com vantagem do Tricolor - foram 20 vitórias da equipe da capital, contra 18 do Peixe, somados a oito empates.

Neste ano, porém, o Santos levou a melhor, ao eliminar o São Paulo nas semifinais do Paulistão, com vitórias por 3 a 2 e 3 a 0.

Mistão na Vila Belmiro!
Pensando claramente nas decisões da Copa do Brasil e Libertadores, Santos e São Paulo, respectivamente, entraram com times mistos e muitos garotos em campo. A falta de sintonia foi visível nos primeiros minutos. Principalmente pelo lado tricolor.

O Santos, com maior posse de bola, tomou a iniciativa. Aos 8 minutos, Maranhão arriscou de fora da área e assustou Rogério Ceni. Três minutos mais nada, o árbitro paulista Luiz Flavio de Oliveira viu falta, que não aconteceu, em Alex Sandro, na entrada da área.

Marquinhos bateu rasteiro e Rogério Ceni fez grande defesa. No rebote, Neymar encheu o pé e, mesmo caído, o goleiro tricolor evitou o gol santista. Mas o segundo lance foi marcado impedimento do garoto santista.

Aos 20 minutos, outra oportunidade dos donos da casa. A jogada começou com um calcanhar maravilhoso de Paulo Henrique Ganso. Na sequência, Marquinhos enfiou para Neymar, que pegou de primeira, mas a bola saiu por cima do gol.

O jogo foi até o final em marcha lenta, principalmente por parte do São Paulo. O Tricolor não se encontrou em campo e pouco produziu. Mas no geral, o clássico misto foi horroroso.

Apenas aos 44 minutos, Marcelinho Paraíba acertou um petardo de fora da área, mas o goleiro santista, Rafael, espalmou e evitou o gol tricolor. Final 0 a 0.

Assim é melhor!
O segundo tempo começou mais movimentado, com um São Paulo mais animado. Mas foi do Santos a primeira boa chance. Aos 5 minutos, PH Ganso, sempre ele, fez boa jogada e rolou para Marquinhos. O meia encheu o pé a bola raspou a trave de Ceni.

Aos 12 minutos, Marcel recebeu cruzamento e cabeceou. Mas Rogério Ceni defendeu com tranqüilidade. O Santos seguiu em cima. Aos 15 minutos, Marquinhos cobrou falta da direita. O zagueiro do São Paulo, Renato Silva, bobeou e marcou, de peito, gol contra. 1 a 0 Santos.

O Santos seguiu melhor e após boa jogada de Paulo Henrique Ganso e Neymar, Danilo chutou na rede pelo lado de fora. O São Paulo se refez do susto e quase empatou com Washington.

Marcelinho Paraíba bateu falta da direita e Washington subiu mais que a defesa. A cabeçada do atacante acertou o travessão santista. O jogo ficou aberto e ganhou emoção. Mas no final, o Santos festejou a vitória.

Próximos jogos
Como o meio de semana será dedicado as decisões de Copa do Brasil e Libertadores, o Brasileirão só terá a 12ª rodada no próximo final de semana. Enquanto o Santos enfrentará o Prudente, fora de casa, no domingo, às 18h30, o São Paulo pega o Ceará, no Morumbi, no sábado, às 18h30.

FICHA TÉCNICA

Santos 1 x 0 São Paulo

Local: Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro), em Santos-SP
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira-SP
Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Junior e Marcio Luiz Augusto
Público: 9.367 torcedores
Renda: 255.380,00
Cartões amarelos: Maranhão, Rodriguinho (Santos)
Gols: Renato Silva, aos 15’/2T (contra) (Santos)

Santos
Rafael; Maranhão, Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Danilo (Wesley), Rodriguinho, Marquinhos (Breitner), Ganso; Neymar (Zé Eduardo) e Marcel.
Técnico: Dorival Júnior

São Paulo
Rogério Ceni; Renato Silva, Samuel, Xandão e Diogo; Casemiro, Richarlyson, Cleber Santana (Hernanes) e Jorge Wagner (Washington); Marcelinho Paraíba (Marlos) e Fernandinho.
Técnico: Ricardo Gomes