Apesar dos protestos de parte da torcida são-paulina e da divisão da diretoria sobre demitir ou não o atual treinador, o zagueiro Miranda declarou na quinta-feira, um dia após o empate diante do Grêmio Prudente por 1 a 1, que uma possível saída de Ricardo Gomes seria uma injustiça com o técnico.
"Seria injusta por tudo o que o Ricardo [Gomes] já apresentou. Com ele, chegamos à semifinal da Libertadores", disse o atleta.
Miranda também afirmou que, faltando uma semana para o primeiro jogo contra o Internacional, uma mudança no comando são-paulino "atrapalharia e muito" o time. "É um momento de a gente se fechar, jogadores e comissão técnica, para dar a volta por cima", declarou o zagueiro, para quem a culpa pela má fase do time é dos jogadores, e não de Ricardo Gomes.
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"A partir do momento em que sofremos gols por falhas individuais ou coletivas, é porque não estamos executando o que o Ricardo nos pede", disse.
O superintendente de futebol são-paulino, Marco Aurélio Cunha, concordou com o defensor. "Quando o time está mal, a culpa não pode ser só do treinador. Nós sabemos que os jogadores também têm de render mais", declarou o dirigente.
A insatisfação de parte da diretoria com o trabalho de Ricardo Gomes se deve principalmente à atitude de parte do elenco. Para os dirigentes, alguns jogadores estão acomodados e se mostram desinteressados pelo Campeonato Brasileiro. Por isso, procuram um treinador considerado mais enérgico, que possa motivar o time a tempo do duelo contra o Internacional.