
A situação não é nova para os dois. Adilson Batista já cansou de ser chamado de burro pela torcida cruzeirense. A classificação para a Libertadores, na reta final do Brasileiro de 2009, havia melhorado essa relação, mas ela voltou a azedar depois da eliminação na semifinal do Mineiro, diante do Ipatinga. O mesmo cenário é vivido por Ricardo Gomes, constantemente questionado pelos torcedores do São Paulo este ano.
- Muita gente diz que quem perder será demitido. O Fossati (técnico do Inter) está na corda bamba, o Dunga também é cobrado. O mundo não para, nem vai acabar se alguém deixar o clube. O importante é ter consciência, objetivo. Eu estou de bem com a vida - disse o comandante do time mineiro.
Ricardo Gomes segue a mesma linha de raciocínio.
- Eu não posso realizar o meu trabalho de acordo com a opinião do torcedor. Tenho minhas convicções e procuro fazer o que é melhor. A pressão dentro do São Paulo para conquistar a Libertadores é enorme. E é só nisso que eu penso agora - afirmou o tricolor.
Zagueiros de estilos diferentes
Um é carioca e tem 45 anos. O outro é paranaense e está com 42. Desde a época de jogadores, Ricardo Gomes e Adilson Batista foram diferentes, embora ocupassem o mesmo setor do campo, na zaga. O primeiro, revelado pelo Fluminense, onde viveu a melhor fase da carreira, era mais técnico e tinha mais qualidade com a bola nos pés. Já o segundo, que surgiu nos juniores do Atlético-PR mas ganhou destaque com a camisa do Grêmio, era mais vigoroso e raçudo. Ambos eram os xerifes de suas equipes.
