O que mais chamou a atenção nos bastidores foi a "traição" interna: mais de 50 conselheiros que teoricamente fazem parte da coalizão situacionista votaram contra o texto da diretoria. O clima pesou ainda mais com a presença de figuras citadas em polêmicas recentes sobre a exploração de camarotes no estádio, o que inflamou os debates.
Os Números e as Críticas
O planejamento financeiro aprovado é ambicioso. O São Paulo projeta um faturamento bruto de R$ 931,8 milhões, com um superávit previsto de R$ 39,9 milhões. No entanto, a viabilidade desses números foi colocada em xeque pela oposição e por aliados dissidentes.
Os principais pontos de discórdia foram:
Venda de Atletas: A alta expectativa de receita com transferências foi classificada como "exagerada" por conselheiros, temendo um buraco no caixa caso as vendas não ocorram.
Festa Junina: O investimento de R$ 3,5 milhões para o evento no clube social foi considerado desproporcional à realidade financeira do futebol.
Sinal de Alerta para 2026
Para a oposição, o resultado apertado — decidido por apenas cinco votos — é uma demonstração de que o poder da atual gestão está sendo questionado internamente. A percepção é de que muitos conselheiros estão dispostos a reconsiderar alianças, o que pode dificultar a governabilidade de Casares nos próximos meses, especialmente em temas sensíveis como a possível transformação em SAF ou novos empréstimos bancários.
São Paulo FC, Júlio Casares, Orçamento 2026, Conselho Deliberativo, Política do São Paulo.