O clima político no São Paulo Futebol Clube chegou ao ponto de ebulição na manhã desta quarta-feira (18). Integrantes da chapa de oposição "Salve o Tricolor Paulista" protocolaram representações formais nos órgãos internos do clube exigindo a expulsão imediata de Mara Casares e Douglas Schwartzmann. A ação é uma resposta direta ao escândalo de comercialização ilegal de camarotes no Morumbi, revelado por áudios vazados recentemente.
Além dos conselheiros, o grupo também pediu a exclusão de Marcio Carlomagno, funcionário do clube. As denúncias não param na venda de espaços vips: as representações citam supostos desvios de conduta nos departamentos de medicina e nutrologia, configurando o que a oposição chama de "administração temerária".
Pressão pela Saída de Julio Casares
A ofensiva jurídica mira agora o topo da hierarquia. Os conselheiros iniciaram a coleta de 50 assinaturas para convocar uma reunião extraordinária visando a destituição do presidente Julio Casares. Em nota, o grupo subiu o tom e sugeriu que Casares renuncie voluntariamente para permitir um recomeço menos traumático à saúde administrativa e financeira do Tricolor.
Orçamento de 2026 sob Tensão
Enquanto a crise fervia nos corredores, o Conselho Deliberativo se reuniu no salão nobre para discutir o futuro financeiro do clube. Sem a presença de Mara e Douglas — que solicitaram licença dos cargos —, o debate mediado por Olten Ayres focou no orçamento de 2026.
Os números previstos para 2026:
Receita Bruta: R$ 931,8 milhões.
Venda de Jogadores: Meta de R$ 180 milhões.
Foco: Ajuste de despesas operacionais e eventos sociais.
Mesmo com as finanças em pauta, o clima de instabilidade permeou cada discurso. Os conselheiros agora têm um prazo curto para aprovar ou rejeitar o planejamento proposto, enquanto aguardam os desdobramentos das investigações éticas.
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