O São Paulo está no Rio de Janeiro para enfrentar o Flamengo, no Maracanã, neste sábado, dia 10 de outubro, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro e a expectativa é de casa cheia, fato que o Flamengo comemora e valoriza, considerando o torcedor como o 12º jogador, um patrimônio do clube. Já os são-paulinos veem o fato como indiferente, uma vez que o jogo se resolve dentro de campo e não no grito da torcida. O superintendente de futebol do Tricolor paulista, Marcos Aurélio Cunha, comentou o papel da torcida rubro-negra neste momento de ascensão do time.

Não é porque o time está bem que a torcida rubro-negra comparece, já é habitual a presença em massa, mas nesse sábado, o motivo é nobre, ajudar a equipe a se aproximar da classificação para Libertadores. Há sete rodadas sem perder, o Flamengo tem como meta buscar uma vaga no G-4, já o São Paulo quer o título, e, para isso, precisa vencer para diminuir a diferença de cinco pontos do líder Palmeiras.

Marco Aurélio Cunha comentou que na hora do jogo, a pressão e força das arquibancadas não faz diferença para o adversário. “Eu não acredito em time levado pela torcida. Se não, o Palmeiras, o Corinthians não cairiam... Imagina um time com a torcida como a corintiana na segunda divisão, não existiria. Quando um técnico diz que a torcida vai ajudar, que precisa do torcedor enchendo o estádio, é porque o time está fraco. Acredito na equipe que vai entrar em campo, nos jogadores que têm qualidade técnica de decidir em um lance ou outro, como tem feito o Palmeiras e o São Paulo”.

O superintendente de futebol definiu a torcida como uma "moldura" do time e afirmou que o que faz uma equipe forte em campo é a estrutura interna. “As equipes tem que ter organização, filosofia de trabalho, boa administração para render bem, com valores em dia. Torcida embeleza, emoldura, incentiva, mas não ganha jogo. Torcedor incentiva os jogadores, mas já vi muita torcida pedir raça e não ver o time responder em campo porque não está entrosado, bem treinado”, finalizou o dirigente, alfinetando o rival rubro-negro.