O empate sem gols com a Inter de Limeira provocou vaias significativas no São Paulo, evidenciando a insatisfação de sua torcida com uma performance que, em teoria, deveria ser mais convincente. Mesmo sendo o início de temporada, a expectativa em relação ao time era alta, e a atuação desorganizada acabou por trazer de volta uma pressão que já se fazia sentir no final de 2024, quando o clube enfrentou uma sequência de jogos fracos e incertezas sobre o futuro do técnico Luis Zubeldía.

No jogo anterior, a derrota para o Bragantino – com uma escalação baseada em reservas – já havia gerado descontentamento. Nesta partida, o São Paulo teve a chance de se redimir, jogando a maior parte do segundo tempo com um jogador a mais, mas a dificuldade em se impor sobre o adversário se mostrou evidente. A ausência de Luciano, suspenso, levou Zubeldía a escalar Ferreirinha, cuja performance foi discreta.

Lucas tentou abrir espaços na defesa adversária com jogadas individuais, sua marca registrada, mas seu esforço não foi suficiente. Oscar teve uma participação abaixo do esperado e Calleri, em sua única oportunidade clara, cabeceou para fora após um cruzamento de Igor Vinícius. A expulsão de Juan Tavares no final da primeira etapa parecia ser o momento ideal para que o técnico promovesse mudanças, mas ele optou por manter a mesma formação no retorno ao campo, o que foi criticado pela torcida.

Embora a equipe tenha introduzido jogadores mais jovens na segunda metade do jogo, a performance do São Paulo permaneceu insatisfatória. Ryan Francisco teve pouca interação com a bola, enquanto Lucas Ferreira se destacou um pouco mais, movimentando-se e tentando chutar de longe, mas sem eficácia. O desempenho inconsistente no início da temporada, aliado a questões sobre a condição do elenco – que, apesar disso, possui um potencial promissor na formação titular – tornam o cenário complicado para Zubeldía, que ainda carrega as expectativas e os desafios do último ano.