O Choque-Rei deste domingo terminou de maneira lamentável. Palmeirenses e são-paulinos protagonizaram uma grande confusão, dentro e fora das quatro linhas, passada a vitória alviverde por 2 a 1, no Allianz Parque, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O episódio é mais um a acirrar a rivalidade entre as duas equipes, que se acentuou nos últimos anos. Palmeiras e São Paulo têm se acostumado a protagonizar confrontos decisivos por diferentes competições. Nos últimos anos as duas equipes disputaram mata-matas de Libertadores, Copa do Brasil, além de finais de Campeonato Paulista e Supercopa do Brasil. Até mesmo os jogos do Campeonato Brasileiro se tornaram mais “apimentados”.
Antes da grande confusão deste domingo, que contou com a participação de jogadores, membros da comissão técnica, seguranças e dirigentes de ambos os lados, o entrevero mais recente entre Palmeiras e São Paulo aconteceu em março deste ano, no Campeonato Paulista. Veto à sala de imprensa Após o empate em 1 a 1 pela primeira fase do Estadual, o São Paulo resolveu vetar o uso da sala de imprensa do Morumbis por parte do Palmeiras, alegando que, quando o Choque-Rei é disputado no Allianz Parque, o clube rival não disponibiliza um espaço propício para que a coletiva de imprensa do treinador do São Paulo seja realizada. O Palmeiras, por sua vez, argumentou que a "reciprocidade" dita pelo rival não se sustenta, já que, apesar da estrutura, um espaço é oferecido aos visitantes para realização da entrevista pós-jogo. O clube informou ainda que relatou "o ato de hostilidade à Federação Paulista de Futebol".
Nesse mesmo jogo, a diretoria do São Paulo acabou se exaltando após o apito final por causa das polêmicas decisões do árbitro Matheus Delgado Candançan, acreditando que a equipe foi extremamente prejudicada ao longo do clássico contra o Palmeiras. Nos corredores que dão acesso ao vestiário, a alta cúpula e jogadores são-paulinos questionaram veementemente as decisões da arbitragem. O diretor de futebol, Carlos Belmonte, chegou a se referir ao técnico Abel Ferreira como “português de m***”. No clássico seguinte, porém, o cartola pediu desculpas ao treinador palmeirense. ‘Chapéu’ por Caio Paulista Outro acontecimento que acirrou ainda mais o clima de rivalidade entre Palmeiras e São Paulo foi o “chapéu” dado pelo clube alviverde no Tricolor por Caio Paulista.
O lateral esquerdo tinha tudo certo para seguir no São Paulo ao fim da temporada passada, já que o clube tinha a prioridade na sua compra, mas, após perder o prazo para exercê-la, acabou vendo Caio Paulista fechar com o Palmeiras, movimento que foi considerado uma espécie de traição pela diretoria são-paulina. Apesar de todo esse clima de extrema rivalidade envolvendo Palmeiras e São Paulo, os presidentes dos dois clubes, Leila Pereira e Julio Casares, mantêm uma boa relação e têm brigado por objetivos em comum nos bastidores do futebol. Ambos são uns dos cabeças da LIBRA (Liga do Futebol Brasileiro), que visa tomar o controle do Campeonato Brasileiro e trabalhar em conjunto com os clubes que são membros para valorizar o produto e alavancar as receitas que são geradas com o esporte no País ano após ano através de um trabalho profissional.
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