O Juventude é um dos melhores mandantes do Brasileirão e ainda não foi derrotado dentro de seus domínios. Dezoito de seus 20 pontos conquistados foram em casa, como por exemplo a virada para cima do Flamengo e também os 3 a 0 sobre o rival Grêmio . Porém, mesmo assim, o time decidiu deixar o seu "alçapão", Alfredo Jaconi, e atuar longe de seus torcedores mesmo nos jogos em que é mandante. Até por isso, assim como foi na última terça-feira (16), contra o Atlético-MG , o confronto com o São Paulo , neste domingo (21), será disputado no estádio Mané Garrincha, em Brasília. A decisão parece estranha, para um time que não possui tanta torcida fora do Rio Grande do Sul, e também pela sua força dentro de casa, mas existe uma explicação. E ela passa por alguns pontos, como motivos financeiros, e também o fato das dificuldades passadas pelos gaúchos por conta das chuvas que têm atingido o estado recentemente. "Caxias está com muitas dificuldades de voos. Tem chovido muito. Os nossos campos de treinamento estavam totalmente comprometidos. E também a questão financeira. Claro que o fator Jaconi é muito importante, mas diante de outras variáveis, a gente teve que considerar e entender que jogando em Brasília, ou no Jaconi, a gente tem que jogar sempre para vencer", iniciou Júlio Rondinelli, executivo de futebol do Juventude. "O aeroporto de Porto Alegre por enquanto não está funcionando. E em decorrência da neblina que sempre tem em Caxias, era a nossa saída para o Brasil. E muitas vezes a gente tem que viajar sete horas de ônibus até Florianópolis para poder viajar. Caxias é uma região que foi castigada pelas chuvas, a cidade ficou totalmente isolada, não tinha nenhuma estrada que fizesse você sair de Caxias, por conta de barreiras, por conta de pontes. Alguns bairros da cidade foram afetados, mas nada se compara com o que aconteceu em Porto Alegre. Fomos atingidos, mas em um grau muito menor que Internacional e Grêmio". Até para evitar a dificuldade nos deslocamentos e ter mais tempo de treino, o Juventude aproveitou o período de dois jogos seguidos como mandante em Brasília para sequer voltar à Caxias do Sul e permanecer no Centro-Oeste do Brasil a semana inteira.

"O lado positivo dessa mudança é que aqui temos bons campos para treinar, um tempo seco, bem diferente de Caxias, que está com muita chuva. E o campo muito bom. O gramado do Mané Garrincha tem nível altíssimo. Tinha um pedaço que estava pouco manchado, mas mesmo assim um gramado muito bom. É muito importante jogar próximo da nossa torcida, a torcida no Jaconi empurra mesmo, canta do primeiro ao último minuto, mas logo a gente está de volta, e tenho certeza que o estádio estará lotado". Após o confronto com o São Paulo, o Juventude fecha o primeiro turno do Brasileirão contra o Cruzeiro , em Belo Horizonte, e finalmente volta para casa, no Alfredo Jaconi, no próximo dia 27, quando recebe o Criciúma . Próximos jogos do Juventude: São Paulo (C) - 21/07, 18h30 (de Brasília) - Brasileirão Cruzeiro (F) - 24/07, 19h (de Brasília) - Brasileirão Criciúma (C) - 28/07, a definir - Brasileirão Próximos jogos do São Paulo: Juventude (F): 21/7, 18h30 (de Brasília) - Brasileirão Botafogo (C): 24/7, 19h30 (de Brasília) - Brasileirão Fortaleza (F): 27/7, 21h30 (de Brasília) - Brasileirão