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Tricolor vence ações de R$ 15,9 milhões contra olheiros de Rodrigo Caio e Antony

Antony hoje defende o Ajax, da Holanda — Foto: Soccrates/Getty Images

A Justiça acolheu uma tese defendida pelo São Paulo em dois processos diferentes e livrou o clube de pagar até R$ 15,9 milhões a olheiros que indicaram jogadores para as categorias de base do time tricolor. Em ambas, cabem recursos às sentenças.



As ações eram baseadas em contratos que previam 5% dos direitos econômicos de Rodrigo Caio e Antony aos responsáveis por levá-los a Cotia, mas que foram assinados após uma mudança na Lei Pelé que passou a impedir o repasse de valores oriundos desses direitos a terceiros.


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A sentença mais recente é a do caso que envolve Antony, também a de valor mais vultuoso: o ex-jogador Paulo Nani pedia R$ 13,7 milhões – parte como direito, parte como indenização por danos morais – após a venda do atacante ao Ajax, da Holanda, no ano passado.

A cobrança relacionada a Rodrigo Caio, negociado ao Flamengo há pouco mais de dois anos, é de R$ 2,2 milhões e envolve dois olheiros, Aparecido Lopes de Oliveira e Cícero Gomes, só o primeiro reconhecido pelo São Paulo.

Os casos são semelhantes na origem: os olheiros indicaram os atletas ao São Paulo no início da década passada, e com eles o clube assinou contratos em que cedia 5% dos direitos econômicos no futuro caso esses jogadores se tornassem profissionais e fossem vendidos.


Os acordos foram assinados após a promulgação de uma alteração na Lei Pelé que incluiu o artigo 27-C, que diz que são nulos contratou ou cláusulas que impliquem vinculação ou exigência de receita total ou parcial exclusiva da entidade de prática desportiva, decorrente da transferência nacional ou internacional de atleta.

O artigo veta o repasse de direitos econômicos por tratá-los como exclusivos dos clubes, o que foi reforçado por uma alteração no mesmo sentido, feita em 2015, dos regulamentos de transferência da Fifa e da CBF – apenas clubes podem ser donos desses direitos.

Esse foi o principal motivo para que o juiz Marco Antonio Barbosa de Freitas considerasse sem validade o contrato entre o São Paulo e Aparecido Lopes de Oliveira pela indicação de Rodrigo Caio – Cícero Gomes nunca conseguiu comprovar relação semelhante, na visão do julgador. A sentença é de dezembro de 2020.

O caso de Antony ainda tinha outros ingredientes. Um deles, um contrato assinado entre o clube e Nani no início de 2019, período em que Antony ainda não tinha grande destaque no Morumbi, mas já era tratado como um atleta promissor.

Por esse acordo, o São Paulo pagou R$ 6.300 ao ex-jogador para remunerá-lo pela indicação. Uma das cláusulas indicava que, por ele, Nani renunciava a outros direitos – o clube diz na ação que fez dessa forma pois já entendia que o contrato original era nulo e que pretendia recompensar o olheiro.

O juiz observa, na sentença, a enorme diferença de valores entre o pretendido por Nani e o que lhe foi pago:



– [...]Pode, a princípio, parecer incongruente com as vultosas quantias envolvidas na cessão dos direitos do atleta Antony e sugerir, em tese, a ocorrência de algum vício de consentimento, como a lesão. De outro lado, pode ser que o autor tenha aceitado um valor de menor expressão diante da possibilidade de o seu contrato não produzir efeitos esperados em razão da nulidade prevista no art. 27-C, II, da Lei Pelé[...].

Por se tratarem de decisões de primeira instância, elas ainda podem ser reformadas por instâncias superiores.

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Comentários (9)
27/03/2021 13:42:35 Lorival Colamego

Leco e sua turma so fizeram cagadas! Leco nao serve nem para administrar um condominio de tres casas! Nunca irao ficar na estoria do Sao Paulo!

27/03/2021 13:10:54 Luiz Fernando Cintra Silva

Boa notícia, agora temos que ficar mais espertos mesmo pois o Tricolor é uma vitrine muito grande e temos que começar a ver brechas na lei em que o Tricolor possa ser reembolsado por supostos empresários que faz a cabeça de alguns jovens jogadores que acabam saindo do clube de graça.

27/03/2021 12:55:36 Ronaldo Godoy

Parece que essa diretoria esta mais ligada,

27/03/2021 12:31:27 Paulo Henrique

Capaz isso que o clube SPFC fez nao se faz pois se tinha acordo tem que pagar a palavra vale mais que um papel e outra coisa jaja ninguém vai querer levar meninos para Cotia e outra coisa e o SPFC que procura essas pessoas para indicar jovens com talento tinha que achar uma forma para se pagar essas pessoas pois elas tbem trabalha para achar Há so lembrando não tenho vínculo com ninguém dessas pessoas somente minha opinião se deve tem que pagar se não quer dever não prometa que irar pagar simples assim

27/03/2021 11:36:30 davi marcovitch

Até nisso o Sp ficou mais esperto.

27/03/2021 10:59:35 Luiz Antonio Alves da Cunha

Bom, pelo menos o jurídico que perdia todas já começou a vencer!!

bronze
27/03/2021 10:42:46 rodrigotm

Ótima notícia!!!

27/03/2021 10:29:45 Samuel Silva de Oliveira

Se fosse na "Era Leco "tinhamos perdidos.nunca vi um presidente tão pé frio kkkk

27/03/2021 10:29:23 Carlos Constantino

Ufa, boa noticia, menos despesas pra pagar para esses carniceiros.!!!!

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