Diretor financeiro do São Paulo, Elias Albarello está bastante preocupado com os impactos do Coronavírus no Tricolor. No pior dos cenários, de paralisação dos campeonatos por três meses, o dirigente prevê uma perda de até R$ 100 milhões na receita. E essa foi só uma das várias revelações feitas por Albarello em entrevista ao autor do Blog. Confira:
Qual o tamanho da dívida atual do São Paulo hoje?
As dívidas a curto prazo com instituições financeiras estão na casa de R$ 130 milhões, pelo menos aquelas a curto prazo. Superiores a um ano, são mais R$ 30 milhões. Então seriam R$ 160 milhões relativos a bancos. Com entidades esportivas, ou seja, pagamentos pela aquisição dos direitos econômicos, na ordem de R$ 90 milhões. São essas as grandes dívidas. Em relação ao Profut, mais R$ 60 milhões. Na soma, algo na casa de R$ 300 milhões.
E qual o peso dessa dívida na realidade financeira do São Paulo?
Esses R$ 300 milhões perante um faturamento na ordem de quase R$ 400 milhões, como tínhamos projetado para esse ano, é absolutamente tranquilo. Há um indicador muito importante, que mostra a relação de caixa dos clubes em relação ao endividamento. Saímos em 2014 da ordem de dez vezes. Hoje estamos falando de 2,1.
O Igor Gomes está vendido para o Real Madrid?
Não. Fiquei sabendo pela imprensa de Real Madrid, Barcelona... Pelo menos para mim não apareceu nada. E estou em contato sempre com Raí, Alexandre Pássaro.
Com a venda do Antony, o São Paulo resolve seus problemas de caixa ou precisará vender outro jogador?
A venda do Antony foi extremamente feliz, até porque atendia a vontade do atleta. Além disso, em 2019 tínhamos uma necessidade de venda, como todos os clubes do país. Mas respondendo a sua pergunta, com a venda do Antony chegaríamos até o meio do ano sem a necessidade de nenhuma outra venda. Mas com o cenário atual (coronavírus) já mudou e pode ter um impacto efetivo de cerca de R$ 90 a 100 milhões. Temos que ser criativos.
Então, você prevê até R$ 100 milhões de perdas de receitas com a paralisação do futebol?
No pior dos cenários, sim. Pensando em três meses de paralisação. Vamos perder receitas com TV, bilheteria, sócio-torcedor, além de uma série de outras coisas. Por exemplo: a gente jogou com portões fechados contra o Santos e já tinha mais de R$ 1 milhão com venda antecipada de ingressos. No jogo contra o River Plate, a receita seria de R$ 4 milhões a R$ 5 milhões.
O contrato com o Banco Inter termina no fim deste mês de abril. Ainda acredita na renovação?
Evidente que agora a situação muda muito. O Banco Inter tem a prioridade na renovação e sempre mantivemos isso. Ainda existe interesse na renovação, mas depende muito de outras coisas. Sempre há a procura de interessados em expor a marca em um time de renome mundial. Não abrimos nenhum tipo de conversa. Estamos recebendo algumas sondagens, mas a prioridade é renovação com o Banco Inter.
Por que o São Paulo fechou 2019 com déficit de R$ 150 milhões?
Grande parte, cerca de 50%, se deve a contabilizações que fizemos no ano passado. Eram provisões que discutíamos judicialmente. O primeiro foi de um processo da CET de R$ 25 milhões. Depois, tinha uma questão do Ricardinho do começo da década passada de R$ 30 milhões. E mais R$ 25 milhões de acordos trabalhistas, referentes a direitos de arena. Também tivemos impacto na TV, com redução no número de assinantes... Ainda fomos eliminados na 1ª fase da Libertadores e da Copa do Brasil.
São Paulo Fc, Tricolor, SPFC, prejuízo, coronavírus, 100 milhões
Qual o tamanho da dívida atual do São Paulo hoje?
As dívidas a curto prazo com instituições financeiras estão na casa de R$ 130 milhões, pelo menos aquelas a curto prazo. Superiores a um ano, são mais R$ 30 milhões. Então seriam R$ 160 milhões relativos a bancos. Com entidades esportivas, ou seja, pagamentos pela aquisição dos direitos econômicos, na ordem de R$ 90 milhões. São essas as grandes dívidas. Em relação ao Profut, mais R$ 60 milhões. Na soma, algo na casa de R$ 300 milhões.
E qual o peso dessa dívida na realidade financeira do São Paulo?
Esses R$ 300 milhões perante um faturamento na ordem de quase R$ 400 milhões, como tínhamos projetado para esse ano, é absolutamente tranquilo. Há um indicador muito importante, que mostra a relação de caixa dos clubes em relação ao endividamento. Saímos em 2014 da ordem de dez vezes. Hoje estamos falando de 2,1.
O Igor Gomes está vendido para o Real Madrid?
Não. Fiquei sabendo pela imprensa de Real Madrid, Barcelona... Pelo menos para mim não apareceu nada. E estou em contato sempre com Raí, Alexandre Pássaro.
Com a venda do Antony, o São Paulo resolve seus problemas de caixa ou precisará vender outro jogador?
A venda do Antony foi extremamente feliz, até porque atendia a vontade do atleta. Além disso, em 2019 tínhamos uma necessidade de venda, como todos os clubes do país. Mas respondendo a sua pergunta, com a venda do Antony chegaríamos até o meio do ano sem a necessidade de nenhuma outra venda. Mas com o cenário atual (coronavírus) já mudou e pode ter um impacto efetivo de cerca de R$ 90 a 100 milhões. Temos que ser criativos.
Então, você prevê até R$ 100 milhões de perdas de receitas com a paralisação do futebol?
No pior dos cenários, sim. Pensando em três meses de paralisação. Vamos perder receitas com TV, bilheteria, sócio-torcedor, além de uma série de outras coisas. Por exemplo: a gente jogou com portões fechados contra o Santos e já tinha mais de R$ 1 milhão com venda antecipada de ingressos. No jogo contra o River Plate, a receita seria de R$ 4 milhões a R$ 5 milhões.
O contrato com o Banco Inter termina no fim deste mês de abril. Ainda acredita na renovação?
Evidente que agora a situação muda muito. O Banco Inter tem a prioridade na renovação e sempre mantivemos isso. Ainda existe interesse na renovação, mas depende muito de outras coisas. Sempre há a procura de interessados em expor a marca em um time de renome mundial. Não abrimos nenhum tipo de conversa. Estamos recebendo algumas sondagens, mas a prioridade é renovação com o Banco Inter.
Por que o São Paulo fechou 2019 com déficit de R$ 150 milhões?
Grande parte, cerca de 50%, se deve a contabilizações que fizemos no ano passado. Eram provisões que discutíamos judicialmente. O primeiro foi de um processo da CET de R$ 25 milhões. Depois, tinha uma questão do Ricardinho do começo da década passada de R$ 30 milhões. E mais R$ 25 milhões de acordos trabalhistas, referentes a direitos de arena. Também tivemos impacto na TV, com redução no número de assinantes... Ainda fomos eliminados na 1ª fase da Libertadores e da Copa do Brasil.
São Paulo Fc, Tricolor, SPFC, prejuízo, coronavírus, 100 milhões
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