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Violência no clássico do Morumbi divide opiniões



Apesar de diretores e atletas garantirem, antes de a bola rolar, que a celeuma criada pela divisão dos ingressos para o clássico de domingo (90% para são-paulinos e 10% para corintianos) não interferiria no desempenho dos jogadores dentro de campo, o que se viu no jogo do Morumbi foi totalmente o oposto.

Nervosos e insatisfeitos com as marcações do árbitro José Henrique de Carvalho, os jogadores dos dois times abusaram das entradas violentas e das reclamações. O resultado: 13 cartões amarelos (contando os dois dados a Wagner Diniz e André Santos) e três vermelhos.

Terminada a agitada partida, os protagonistas do espetáculo mostraram visões diferentes sobre o ocorrido. Para o lateral-esquerdo Júnior César, do São Paulo, o excessivo número de cartões aplicados pela arbitragem era esperado pela rivalidade entre as equipes.

"Foi um jogo bom. Clássicos sempre têm intensidade forte pela grandeza dos clubes. São coisas que acontecem", minimizou o ex-jogador do Fluminense, um dos seis atletas são-paulinos 'presenteados' com um cartão no duelo da tarde de domingo.

O polivalente Escudero, que disputou seu primeiro clássico com a camisa corintiana, concordou com o rival. "Clássicos são assim mesmo. Duros. O importante era não perder", opinou o argentino, elogiando, na sequência, a qualidade da equipe alvinegra. "O Corinthians é um bom time e tem que mostrar partida após partida a sua competência".

Para contrastar com as opiniões de Júnior César e Escudero, o zagueiro André Dias, protagonista do lance que culminou com a primeira expulsão do jogo - a do volante Túlio, do Corinthians -, admitiu ter ficado surpreso com o alto número de cartões registrado no duelo.

"Eu esperava um jogo truncado, difícil por se tratar de clássico. Mas, pelo número de cartões amarelos e vermelhos, foi demais. Acredito que aconteceu porque os times não foram bem tecnicamente. Prevaleceu a força", opinou o defensor são-paulino, discordando do companheiro Júnior César também sobre o nível técnico do jogo.

O técnico Mano Menezes, que reclamou em demasia dos critérios da arbitragem e das 'interferências externas', preferiu ironizar o alto número de cartões. "Não se pode mais fazer faltas, né?", questionou o comandante alvinegro, acompanhado pelo goleiro Felipe.

"Jogar contra o São Paulo já é difícil, ainda mais quando temos que jogar contra a arbitragem. Ele amarelou nosso time todo no primeiro tempo, mas mandou seguir várias jogadas de falta do São Paulo. Só no segundo tempo ficou com vergonha e deu cartões para eles também", concluiu, visivelmente irritado com a atuação de José Henrique de Carvalho.


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