O site do Fifa, entidade máxima do futebol, publicou nesta quinta-feira uma entrevista com o técnico Muricy Ramalho. Com a manchete "Ramalho no auge dos seus poderes" e definindo o tricampeão brasileiro como estrategista e perfeccionista, o órgão ressalta a estabilidade conseguida pelo comandante no Tricolor.
Dentre as declarações, que relembraram seu período de jogador e seu início como técnico, Muricy reafirmou o desejo em dirigir a seleção brasileira.
"Recusar este convite seria motivo de piada. Você simplesmente não pode fazer isso. Assim como os jogadores, técnicos também têm o sonho de dirigir a seleção. Se um dia a oportunidade me for apresentada, espero estar preparado. Mas esta não é uma obsessão para mim", declarou o comandante paulista.
Como sempre, o treinador relembrou Telê Santana, a quem se espelha para comandar. "Eu sempre estava ao lado dele e, apesar de ele não ser muito falador, o mais importante era observar seu comportamento e aprender com ele. Graças a esta experiência eu posso ser surpreendido com experiências novas e, mesmo assim, elas não me parecerem estranhas."
Diferentemente de alguns técnicos, Muricy não faz o estilo manager, que cuida de outras partes do clube além do elenco. Desde janeiro de 2006 no comando do São Paulo, Muricy não pensa que poderá virar uma espécie de Alex Ferguson, que está à frente do Manchester United da Inglaterra há mais de duas décadas.
"A cultura do nosso futebol não permite. Na Inglaterra eles usam mais a cabeça. No Brasil tudo está condicionado à paixão das pessoas pelo futebol, não importando o que você fez na temporada passada. Você perde um amistoso e já fica pressionado. É muito difícil ficar tanto tempo em um clube que nem o Ferguson, ainda mais quando você é responsável por tudo no clube como ele. Enfim, eu não acho que ter apenas uma pessoa controlando tudo, como um manager, seria um avanço. Pelo menos não no Brasil", analisou Muricy.
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