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Miranda livre para jogar

Zagueiro pega gancho de um jogo, que já cumpriu e preparador físico é absolvido

Depois de passar pela tensão de ser julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo, nesta segunda-feira, dia 9 de fevereiro, o zagueiro Miranda, do São Paulo, pegou o gancho de uma partida, que já cumpriu. Com esse resultado, que foi por maioria de votos, ele poderá ser escalado por Muricy Ramalho no jogo contra a Ponte Preta, no dia 12. No mesmo processo, o preparador físico do clube, Luiz Carlos Neves, também foi julgado e foi absolvido.

O jogador fez questão de comparecer em seu julgamento e ainda tirou dúvida dos Auditores, relembrando o que aconteceu no lance em que gerou a sua expulsão. O advogado do clube, Dr. Roberto Armelim, defendeu o jogador dizendo que o adversário fez cena e ressaltou a primariedade de Miranda, pedindo para que fosse aplicada a pena mínima, caso o tribunal não o absolvesse.

Miranda saiu aliviado do tribunal. "Para mim foi diferente, pois fazia muito tempo que eu não era expulso, acho que quase 140 jogos. Foi meio estranho. Esperava pela absolvição, mas paciência, já cumpri a suspensão automática e estou disponível para jogar", disse o jogador ao site Justicadesportiva.com.br

O zagueiro foi expulso na derrota para o Santo André por 2 a 0, realizado no dia 1º de fevereiro, e ficou fora do jogo contra o Bragantino, no dia 4. Pela expulsão, Miranda foi denunciado no artigo 255 (Praticar ato de hostilidade contra adversário ou companheiro de equipe) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê como pena a suspensão de uma a três partidas.

O árbitro descreveu na súmula a expulsão de Miranda da seguinte forma: “Expulsei por fazer uso do braço numa disputa de bola pelo alto, atingindo a cabeça do adversário, Sr. Osny Almeida Pereira, que necessitou de atendimento médico fora do campo de jogo e retornou logo em seguida. Vale ressaltar que o referido jogador já havia recebido cartão amarelo anteriormente.”

Preparador físico também foi julgado:

No mesmo processo, o preparador físico do São Paulo, Luiz Carlos de Souza Neves, também foi julgado e absolvido. Ele foi expulso no jogo contra o Santo André e o árbitro relatou na súmula o ocorrido. Por conta disso, o preparador teve que responder ao artigo 188 (Manifestar-se de forma desrespeitosa, ou ofensiva, contra membros do Conselho Nacional de Esporte (CNE); dos poderes das entidades desportivas ou da Justiça Desportiva, e contra árbitro ou auxiliar em razão de suas atribuições, ou ameaçá-los) do CBJD. O integrante da comissão técnica poderia ser suspenso de 30 a 180 dias.

De acordo com a súmula, o árbitro narrava que “aos 83 minutos de jogo, o Sr. Luiz Carlos de Souza Neves, preparador físico do São Paulo Futebol Clube, após ser advertido por reclamar insistentemente com a arbitragem, foi expulso por gritar o seguinte, com os braços abertos: “Quero ver quanto você vai dar de acréscimo, você está de sacanagem.”

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