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O São Paulo não tem alma e a nossa paciência é a chave - Layla Reis

Precisamos nos ajudar em relação ao São Paulo. Com um ano tão oscilante, do céu ao inferno, nenhum de nós sabe mais ao certo o que pensar: foram três técnicos, um quase título e um elenco reestruturado que foi de campeão do primeiro turno confiante à luta pelo G4 com todos os tabus históricos entregues.



O Jardine fez quase tudo o que eu sempre quis que o Aguirre fizesse e fez quase tudo que eu sempre quis que o Aguirre não fizesse e saiu tudo o inverso do que eu imaginava, o que mostra que, ninguém sabe o que fazer com o tricolor.

Nene no meio, Helinho na ponta e Everton na outra. Era meu sonho desde que os desfalques começaram! Trellez? Não tem banco. Laterais na lateral, ok! Volantes na volância, ok! Zagueiros na zaga, ok só que com um adendo: Rodrigo Caio em campo com Capitão Nascimento no banco.

Não to falando que ele joga mal, tô falando que não tem clima, mas a janela de transferência está abrindo então entendi como escalação de valorização pro Milan levar.

Vasco lutando contra o rebaixamento em São Januário com tabu de 13 anos em jogo. Pensei: deixa o Vasco tentar comandar a casa, trabalha no psicológico deles que tão lutando pra não cair, chama pro jogo, trabalha no erro dos caras, inverte contra-ataque com velocidade de Helinho e Everton, se o Trellez não entender as alçadas, manda até os laterais invadirem a área pra cabecear, tá fácil.

E foi exatamente o contrário: O Vasco jogou no nosso erro. O 4-3-2-1 retrancado de Aguirre agora é ofensivo mas não tem domínio confiante de bola, erra passes, cruzamentos, não tem entrosamento e nem comunicação. Aliás, não tem nada, não tem alma, personalidade, vontade, raça.



Primeiro erro de comunicação entre Jucilei e Hudson entregou o gol para o Vasco de bandeja. Ladeira abaixo! São Paulo não tem psicológico de reação, um setor mais perdido que o outro. Aos 30 do primeiro tempo eu já previa que Arboleda - ZAGUEIRO - desceria para ajudar a ARMAR (ARMAR!!!!!!!!) o time como tem feito nos último jogos. Me surpreendi que ainda Rodrigo Caio também desceu pra ver se davam jeito.

Helinho, Everton e Nene juntos não criaram nada. Helinho tem futuro, não pode ser queimado. Everton e Nene atravessam uma péssima fase de retomada - e devemos ter paciência para recuperá-los - mas foram pior que rachão de praia no verão. SPFC errou mais de 40 passes ontem.

Rodrigo Caio foi um dos melhores em campo ao lado de Arboleda até os 45 do segundo tempo quando saiu nas costas dele o segundo gol do Vasco.

A derrota nos esbofeteia na cara com nossa própria impaciência: expulsamos mais um técnico. Somos imediatistas. Já estamos expulsando Jardine. Já estamos expulsando Nene. Vamos expulsar Everton, Jucilei e Hudson. Ninguém vale nada, ninguém sabe jogar bola. Mas foram campeões do primeiro turno e nos iludiram pra caramba até entrarem em crise interna com esses mesmos jogadores.

Aí vem o argumento "Ah, mas saiu o Militão!". Claro, Militão era o time todo. Saía pra contra-atacar, cruzava e corria pra cabecear, artilheiro e fera. Não! Militão faz uma BAITA falta, mas esse time ainda é o mesmo que quase venceu o campeonato. Está em crise como quase todos nos últimos dez anos.

Tem algo errado no São Paulo. Tá na política, tá no CT, no vestiário. É interno. E nós podemos acabar com esse problema? Não. Só podemos abraçar o pouco que temos e aprender a superar essas crises entregando mais apoio a estes jogadores por pior e mais ridícula que essa ideia pareça.

O vestiário está perdido, que o problema é uma pirâmide, já sabemos. Mas há dez anos reestruturamos comissões técnicas, elencos, diretorias de futebol e preparadores físicos. Me xinguem o quanto quiserem, mas precisamos abraçar essa porcaria de elenco sem banco que temos, esperar os reforços da janela e aprender a superar crises abraçados com esses jogadores reforçados na Libertadores do ano que vem.

Salvamos do rebaixamento como torcida. Precisamos trazer um título na unha sem depender do vestiário do SPFC, porque já entendemos, o interno do tricolor é uma draga.

Se eu puder fazer um pedido, por mais contraditório que pareça da minha parte, seria: não vamos derrubar ou mandar embora esses jogadores. Esperamos que Raí os reforce e faça um planejamento digno de Libertadores.

O planejamento de G6 conquistou o G6. Que o planejamento de Libertadores nos traga algum título.

Layla Reis


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