O técnico Muricy Ramalho é conhecido por ter uma boa relação com seu elenco. Apesar de exibir uma personalidade ranzinza, o treinador é sempre elogiado pelos jogadores. Porém, para se dar bem com os atletas, o comandante deixa claro que não aceita abusos fora das quatro linhas.
"Jogador tem de saber que é exemplo. Dizer que não temos nada a ver com a vida do jogador vai até um certo ponto. Droga e balada não combinam com futebol. Às vezes, confundem um pouco esse negócio de liberdade. Se o cara não estiver se cuidando, vai ser cobrado. Tomar uma cervejinha é normal, mas não dá para ir para a balada todo dia e vir treinar 9 horas da manhã", explicou.
Diante de cada vez mais casos de polêmicas envolvendo jogadores, o treinador reitera que os ídolos têm de servir como exemplo para quem está começando na carreira da bola.
"Sempre dizem que o esporte tira a juventude da rua e é exemplo. Por isso, jogadores e técnicos têm de ser exemplos, são os ídolos. Na minha época, não se falava em droga. Hoje, tem muito mais. Tem droga que a gente nem conhece, coisa de pastilha", afirmou.
O treinador, porém, reconhece que uma parte da responsabilidade é do clube, que tem a obrigação de fazer um acompanhamento ao atleta desde as categorias de base.
"É uma obrigação dos clubes, mas nem todos fazem. Quando o clube tira um garoto de 12 anos da casa dos pais, ele passa a ser o responsável. Precisa dar educação e tratamento psicológico. É obrigação do clube mostrar o caminho para o garoto, até porque não são todos que vão chegar ao profissional. Os jogadores do São Paulo são diferenciados porque têm uma boa formação na base", concluiu.
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