SÃO PAULO - Pouco depois do anúncio de Junior Cesar como reforço são-paulino, o Palmeiras disse que perdeu o lateral-esquerdo para o arquirrival por “falta de approach ”. O jogador, porém, avisa que nem cogitou ir para o Palestra Itália. O novo camisa 6 tricolor só queria conhecer logo a estrutura do clube do Morumbi e escapar do que encontrava no Rio de Janeiro.

Em suas primeiras palavras com a camisa da nova equipe, Junior declarou que só o Hertha Berlim, da Alemanha, poderia evitar seus trabalhos com Muricy Ramalho. “Estive bastante perto do Hertha, era uma situação muito forte. O meu procurador até teve um contato com o Palmeiras, mas já tinha uma coisa bastante forte com o São Paulo, que começou a conversar comigo depois da Libertadores. E o meu desejo era estar no São Paulo”, revelou.

E a vontade de fechar com o Tricolor paulista se deve também às condições que o atleta via no futebol carioca. Revelado no Fluminense e com passagens por Botafogo e Santos Laguna, do México, o ala de 26 anos sempre sonhou em trabalhar na organização do futebol paulista.

“É uma situação diferente porque toda a minha carreia foi no Rio de Janeiro, e vocês (jornalistas) sabem como é lá...”, comentou, negando-se a dar muitos detalhes sobre a diferença dos Tricolores. Junior, contudo, assegura que, ao entrar no São Paulo, qualquer um realiza um “sonho’”. “Agradeço ao Fluminense. Se hoje estou aqui, é pela grande temporada que fiz e também pela estrutura deles. Mas a estrutura dos clubes de São Paulo é muito diferente. Quando você chega aqui, o impacto é muito grande. O São Paulo tem uma estrutura maravilhosa”, exaltou.

Com estes elogios, o camisa 6 quer utilizar os treinos para mostrar que tem espaço no atual tricampeão brasileiro. “Sei da responsabilidade que é trabalhar no São Paulo, porque todo grande clube tem a finalidade de sempre conquistar título. E encontrei um grupo campeão. Tenho que trabalhar a cada dia para demonstrar minha competência e a minha qualidade e corresponder da melhor maneira possível”, recomendou o atleta, que recusa o rótulo de “melhor lateral-esquerdo do Brasil”.

“A cada dia tenho que provar meu valor no futebol e quero trabalhar para que 2009 seja um ano melhor do que o que passou. Por isso estou honrado por usar esta camisa que grandes jogadores já usaram. Quero ser feliz em 2009 e trabalhar para honrar esta camisa”, projetou.