A polêmica sobre o árbitro da partida decisiva entre São Paulo e Goiás gerou conseqüências na relação do Tricolor do Morumbi com a Federação Paulista de Futebol. Depois de ouvir que a suspeita de que a tentativa de manipulação de resultado teria partido da FPF, a diretoria são-paulina anunciou a intenção de romper com a entidade máxima do futebol paulista.

“O São Paulo não vai fazer nenhum comunicado hoje (domingo, à Federação), pois estamos preocupados com o jogo, mas talvez este seja mesmo o caminho (romper com a entidade)”, afirmou o vice-presidente de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva, em contato por telefone.

A decisão da direção são-paulina foi tomada depois que recebeu a informação de que a denúncia de manipulação de resultados partiu da Federação Paulista. Especula-se que a FPF constatou que o nome do árbitro do jogo constava em uma relação de pessoas que receberiam ingressos para o show da cantora Madonna, no Morumbi. No entanto, a direção são-paulina nega que tenha oferecido bilhetes ao juiz.

Apesar de afirmar que a preocupação maior do clube está na partida decisiva contra o Goiás, o dirigente confirmou que o Tricolor retirará seu representante da direção da entidade já neste domingo. O são-paulino Ataíde Gil Guerreiro é um dos vice-presidentes da FPF e deixará o cargo.

Apesar do rompimento com a entidade máxima do futebol paulista, Barros e Silva explicou que o clube não corre o risco de ficar fora da próxima edição do Estadual. “O São Paulo não vai se desfiliar, mas sim fazer um rompimento político (com a gestão do presidente Marco Polo del Nero). Mas não temos definições mais pontuais”, acrescentou.

A Confederação Brasileira de Futebol anunciou a suposta tentativa de manipulação de resultados no fim da tarde de sábado, mas não revelou de quem partiu a iniciativa. Assim, Wagner Tardelli foi afastado do jogo, e Jailson Macedo Freitas terá a responsabilidade de comandar o compromisso.

Atualizada às 12h20