O árbitro Wagner Tardelli concedeu algumas entrevistas no início da noite deste sábado explicando sua saída da partida entre Goiás e São Paulo, no domingo, pela última rodada do Campeonato Brasileiro.

Segundo ele, uma ou mais pessoas estavam usando seu nome para negociar uma determinada quantia para este confronto, que ao lado de Grêmio e Atlético-MG, decide a competição.

- Estavam me usando como moeda de troca com o dirigente de um clube. Não sei quem são os envolvidos. Fui chamado na CBF e me informaram que o Ministério Público tinha esta informação - declarou Wagner Tardelli.

Em sorteio realizado neste sábado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Jailson Macedo Freitas, da Federãção Baiana de Futebol, foi o escolhido para apitar o confronto.

Tardelli negou que as investigações tenham mostrado a existência de um envelope destinado a ele. Porém, dirigentes do São Paulo levaram a hipótese da existência do mesmo, com ingressos para o show da cantora Madonna.

Sobre a inexperiência do escolhido, o árbitro escolhido disse que o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa, deve conversar com ele para transmitir confiança.

- Ele vai precisar de uma atenção diferenciada, claro, pois apita há dois ou três anos. Mas foi o sorteado, está no jogo - declarou Wagner Tardelli.

O juiz lamentou ainda a sua saída de um dos jogos decisivos do Brasileiro, que que seria o mais importante de sua carreira de 20 anos.

As pessoas envolvidas na denúncia já teriam sido identificadas, mas seus nomes não foram divulgados.