Ranzinza, mal-humorado, chato, idolatrado e vencedor. Termos que eram utilizados para caracterizar Telê Santana, técnico de maior êxito na história do São Paulo, hoje definem quem é Muricy Ramalho.
Prestes a completar 53 anos e conquistar o tricampeonato brasileiro, Muricy retoma um elo longínquo do clube com um treinador.
Desde que o Mestre deixou o Tricolor, doente, no início de 1996, ninguém havia permanecido mais de um ano no cargo. O atual "professor" está há três temporadas e tem contrato até o fim de 2009. Mais do que a longevidade, há semelhanças de comportamento. Muricy atuou nas categorias de base durante anos, e foi auxiliar de Telê entre 1994 e 96.
– O Telê adotou o Muricy. Ficar perto do treinador nas vitórias é fácil, mas o Muricy sempre foi um fiel escudeiro e o Telê reconhecia isso – relembra Sérgio Rocha, preparador físico do São Paulo desde 1982.
A rudeza nas entrevistas e a rigidez ao lidar com os jogadores são marcas comuns entre eles, que carregam semelhanças também fora dos campos. No bolso, por exemplo.
– A simplicidade em se vestir. O seu Telê não tinha vaidade nenhuma, dizem que era meio mão-de-vaca. O Muricy é desse mesmo jeitinho – diz, sorridente, o massagista Ailton Rodrigues, 27 anos de São Paulo.
Mestre e aprendiz também são prova da gratidão dos tricolores. Nas arquibancadas, o nome de Telê, falecido em 21 de abril de 2006, até hoje é cantado nas grandes conquistas.
– Acho que se tudo der certo, formos campeões, fizermos uma Libertadores legal, o Muricy será inesquecível por aqui – prevê Sérgio Rocha.
Sorte dos são-paulinos, que podem ver o aluno se tornar professor.
Telê Santana
O MESTRE
410 jogos
no comando do São Paulo. Foi
técnico em 1973, depois de 1990
a 96. É o terceiro que mais
comandou o clube na história.
10 títulos
conquistou o Mestre no Morumbi, levando-se em conta
apenas os mais importantes: todos entre 1991 e 94.
Positivo
Sua equipe encantou o mundo ao vencer Barcelona (ESP) e
Milan (ITA), favoritos, no Japão. Conseguiu aliar vitórias a um
futebol exuberante. Colocou o São Paulo no cenário mundial.
Negativo
Exageradamente ranzinza, colecionou desafetos, entre
jogadores e dirigentes. Exigia que tudo fosse feito à sua
maneira e não conseguiu alcançar sucesso na Seleção.
Muricy Ramalho
O DISCÍPULO
323 jogos
como técnico do São Paulo. Esteve à frente do clube em alguns jogos em 1994 e 95, auxiliar de Telê, efetivado em 96, demitido em 97, voltou em 2006 para conquistar títulos.
4º Brasileiro
poderá ser conquistado neste domingo. Muricy ganhou em 1977, como jogador, mesmo sem participar da campanha. Como técnico, é o atual bicampeão nacional (2006 e 07).
Positivo
Aprendeu a disputar torneios por pontos corridos. Seus times são frios e competitivos, eficientes. Identificado com torcida.
Negativo
Precisa evoluir em mata-matas e competições mais curtas. Impaciente e antisocial, se indispõe muito com dirigentes.
Prestes a completar 53 anos e conquistar o tricampeonato brasileiro, Muricy retoma um elo longínquo do clube com um treinador.
Desde que o Mestre deixou o Tricolor, doente, no início de 1996, ninguém havia permanecido mais de um ano no cargo. O atual "professor" está há três temporadas e tem contrato até o fim de 2009. Mais do que a longevidade, há semelhanças de comportamento. Muricy atuou nas categorias de base durante anos, e foi auxiliar de Telê entre 1994 e 96.
– O Telê adotou o Muricy. Ficar perto do treinador nas vitórias é fácil, mas o Muricy sempre foi um fiel escudeiro e o Telê reconhecia isso – relembra Sérgio Rocha, preparador físico do São Paulo desde 1982.
A rudeza nas entrevistas e a rigidez ao lidar com os jogadores são marcas comuns entre eles, que carregam semelhanças também fora dos campos. No bolso, por exemplo.
– A simplicidade em se vestir. O seu Telê não tinha vaidade nenhuma, dizem que era meio mão-de-vaca. O Muricy é desse mesmo jeitinho – diz, sorridente, o massagista Ailton Rodrigues, 27 anos de São Paulo.
Mestre e aprendiz também são prova da gratidão dos tricolores. Nas arquibancadas, o nome de Telê, falecido em 21 de abril de 2006, até hoje é cantado nas grandes conquistas.
– Acho que se tudo der certo, formos campeões, fizermos uma Libertadores legal, o Muricy será inesquecível por aqui – prevê Sérgio Rocha.
Sorte dos são-paulinos, que podem ver o aluno se tornar professor.
Telê Santana
O MESTRE
410 jogos
no comando do São Paulo. Foi
técnico em 1973, depois de 1990
a 96. É o terceiro que mais
comandou o clube na história.
10 títulos
conquistou o Mestre no Morumbi, levando-se em conta
apenas os mais importantes: todos entre 1991 e 94.
Positivo
Sua equipe encantou o mundo ao vencer Barcelona (ESP) e
Milan (ITA), favoritos, no Japão. Conseguiu aliar vitórias a um
futebol exuberante. Colocou o São Paulo no cenário mundial.
Negativo
Exageradamente ranzinza, colecionou desafetos, entre
jogadores e dirigentes. Exigia que tudo fosse feito à sua
maneira e não conseguiu alcançar sucesso na Seleção.
Muricy Ramalho
O DISCÍPULO
323 jogos
como técnico do São Paulo. Esteve à frente do clube em alguns jogos em 1994 e 95, auxiliar de Telê, efetivado em 96, demitido em 97, voltou em 2006 para conquistar títulos.
4º Brasileiro
poderá ser conquistado neste domingo. Muricy ganhou em 1977, como jogador, mesmo sem participar da campanha. Como técnico, é o atual bicampeão nacional (2006 e 07).
Positivo
Aprendeu a disputar torneios por pontos corridos. Seus times são frios e competitivos, eficientes. Identificado com torcida.
Negativo
Precisa evoluir em mata-matas e competições mais curtas. Impaciente e antisocial, se indispõe muito com dirigentes.
VEJA TAMBÉM
- ADEUS! Wellington Rato acerta com rival e não joga mais pelo São Paulo
- ALTA VALORIZAÇÃO! São Paulo avalia situação de Esteves, lateral do Vitória, após bom Brasileirão
- SAÍDA DE LATERAIS! São Paulo intensifica busca e quer lateral destaque após saída de Rafinha e Moreira