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Essencial para Muricy, Hugo colhe frutos e relembra seus dias ruins no Tricolor

Meia ressalta apoio no clube, busca mais gols e está em paz com a torcida

Hoje Hugo é um jogador essencial para o São Paulo . Não há no elenco um substituto que tenha suas características, garante o técnico Muricy Ramalho. Em alta, ele não enfrenta a Portuguesa por estar suspenso, mas ainda assim tem motivos para comemorar o grande momento na carreira. Depois de passar por muitos problemas e achar que sua história no Tricolor tinha acabado, ele se recuperou e agora colhe os frutos.



- Fico feliz pelos elogios do Muricy e do Rogério (Ceni). O trabalho está sendo reconhecido e procuro fazer de tudo. O time tem um jogo difícil e espero não fazer tanta falta. Tenho certeza de que o jogador que entrar vai se sair bem - confia o meia, que não vai ao Canindé, mas não desgrudará da TV no sábado.

No ano passado, Hugo pegou um gancho de 120 jogos por ter cuspido em Goiano, volante do Paraná. Em março de 2008, foi afastado dos jogos por não estar totalmente concentrado no trabalho. Tudo ficou para trás. Após uma conversa com Muricy e recebendo a força dos companheiros, passou a fazer gols e ajudar o time a crescer na competição.



- Pelo momento difícil que eu estava passando, achei que meu ciclo havia terminado aqui no São Paulo. Mas Deus não permitiu que fosse assim. Meu filho nasceu, os gols começaram a sair. O Muricy conversou comigo, mostrou que estava ao meu lado. Não só ele como os jogadores. Aqui no São Paulo todos se ajudam - elogia o jogador.

Retomada dos gols e pazes com a torcida



Hugo chegou a ser vaiado pela torcida do São Paulo em alguns momentos neste Brasileirão. Na ocasião, ficou magoado. Mas entendeu que as críticas não eram pelo futebol apresentado, e sim pela desconfiança do torcedor após os problemas que ele havia enfrentado. Hoje está tudo bem. Os aplausos voltaram a ecoar no Morumbi para o jogador.



- Já estou bem com a torcida há algum tempo. Ela pegava no meu pé nem tanto por causa do futebol, e sim pelo que aconteceu comigo aqui dentro do São Paulo, pela suspensão, pelo afastamento e porque eu poderia ter saído. Mas tenho qualidade e potencial para jogar no São Paulo, e respondo com gols e ajuda em campo - garante.



Com nove gols no Brasileirão (assista ao marcado contra o Inter), Hugo superou sua própria marca na competição, que era de oito, feita com o Grêmio, em 2006. Ano passado ele poderia ter beliscado uma artilharia no clube, mas a suspensão atrapalhou os planos. Agora espera que a história seja diferente.



- Em 2006 era o artilheiro no Grêmio e perdi a posição nas últimas rodadas. Ano passado estava bem e veio a suspensão. O Borges me ultrapassou. Talvez se tivesse jogado mais poderia ter sido melhor, mas os gols vêm acontecendo há algum tempo. Não é um acaso na minha carreira. Vou ficando mais velho e me aprimorando em marcar - acrescenta Hugo.


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