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Palmeiras e São Paulo terminam iguais no Palestra

Empate mantém equipes na briga, mas ambos tiveram chances de vencer

O torcedor que pagou ingresso para ver o clássico entre Palmeiras e São Paulo certamente não se arrependeu. O Choque-Rei que seria o tira-teimas de 2008 teve expulsões, emoção e quatro gols. No fim, empate em 2 a 2 no Palestra Itália, após um ótimo início do São Paulo e uma bela reação palmeirense no segundo tempo. No ano, duas vitórias para cada lado e um empate.

Para o campeonato, o empate não foi tão bom para o Verdão, mas acabou ficando de bom tamanho pelas circunstâncias do jogo. Para o São Paulo, foi o inverso. O time perdeu chances de matar o jogo, mas o ponto ainda mantém o time na briga pelo título. A diferença continua a mesma (55 a 53 a favor do Alviverde). Às 18h10, as duas torcidas se juntam para torcer a favor da Portuguesa, que enfrenta o líder Grêmio. O Verdão caiu para a terceira posição e o Tricolor segue em quarto.

Os primeiros dez minutos corresponderam plenamente às expectativas do clássico. Do lado palmeirense, Alex Mineiro acertou uma bola na rede, pelo lado de fora. Do outro lado, o São Paulo teve mais sorte. Jean fez boa jogada em cima de Léo Lima e sofreu o pênalti. Rogério Ceni converteu, apenas tirando do alcance de Marcos.

A polêmica começou logo após o gol. Os são-paulinos, querendo atrasar a saída de bola e garantir o retorno de Rogério ao gol, posicionaram-se próximos ao círculo central. Diego Souza se desentendeu com Borges e, no fim das contas, ambos acabaram expulsos pelo árbitro Sálvio Spínola. Vanderlei Luxemburgo abriu mão dos três zagueiros e lançou Evandro no meio-de-campo no lugar de Maurício.

A partir daí, o panorama do jogo ficou desenhado. O Palmeiras pressionando por todos os lados e o São Paulo saindo apenas nos contra-ataques. As duas táticas surtiram efeito, tanto que os dois times perderam gols. Jorge Wagner exigiu grande defesa de Marcos em um chute cruzado da esquerda. E Rogério Ceni teve de trabalhar em um chute de Kléber, na pequena área.

O time da casa ainda teve uma bola na trave, após cabeçada de Alex Mineiro. Por centímetros, a bola não ultrapassou totalmente a linha do gol.

Quando o Palmeiras mais pressionava, sofreu um contra-ataque fatal, no fim do primeiro tempo. Dagoberto não desperdiçou a chance, deu um corte em Gustavo e chutou com estilo, no canto esquerdo de Marcos, que não pôde alcançar a bola. E 10% da torcida presente no Palestra, a são-paulina, foi para o intervalo comemorando.

Com vantagem e apenas um atacante na frente, o recuo tricolor foi inevitável. A segunda etapa teve o Palmeiras com maior posse de bola, sempre chegando com sete ou oito jogadores no ataque. O São Paulo ficou ainda mais restrito ao contra-ataque e quase chegou ao terceiro, mas o excesso de preciosismo impediu a definição do placar.

A história do jogo, e do Brasileirão, mudou em apenas dois minutos. Denílson entrou, incendiou o time e iniciou a jogada do primeiro gol, deixando André Dias no chão e cruzando para Kléber completar. Os 90% restantes do Palestra, que estavam cabisbaixos, trataram de empurrar ainda mais o time. O resultado veio aos 37 minutos. Leandro cobrou falta, a bola desviou em Dagoberto e entrou.

Na próxima rodada, o Palmeiras enfrenta o Fluminense, no sábado, às 16h (de Brasília), no Maracanã. Na quinta-feira, às 20h30, o São Paulo recebe o Vitória, no Morumbi.

FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 2 X 2 SÃO PAULO

Estádio: Palestra Itália, São Paulo (SP)
Data/hora: 19/10/2008 - 16h (de Brasília)
Árbitro: Sálvio Spínola Fagundes Filho (Fifa-SP)
Auxiliares: Ednílson Corona (Fifa-SP) e Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP)
Renda/público: R$ 769.962,50 e 26.676 pagantes
Cartões amarelos: Léo Lima, Kléber, Roque Júnior, Gustavo (PAL); Dagoberto, Hugo, Rodrigo (SAO)
Cartões vermelhos: Diego Souza, 8’/1ºT; Borges, 8’/1ºT; Roque Júnior, 45’/2ºT
Gols: Rogério Ceni, 6’/1ºT (0-1); Dagoberto, 45’/1ºT (0-2); Kléber, 33’/2ºT (1-2); Leandro, 35’/2ºT (2-2)

PALMEIRAS: Marcos, Gustavo, Roque Júnior e Maurício (Evandro, 10’/1ºT); Élder Granja, Sandro Silva (Denílson, 8’/2ºT), Léo Lima (Pierre, intervalo), Diego Souza e Leandro; Kléber e Alex Mineiro. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

SÃO PAULO: Rogério Ceni, André Dias, Rodrigo e Miranda; Zé Luis, Jean, Hernanes, Hugo (Éder Luis, 25’/2ºT) e Jorge Wagner; Dagoberto e Borges. Técnico: Muricy Ramalho.

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