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Maior proximidade com Luxemburgo justifica refugio palmeirense

Às vésperas de um clássico decisivo para suas pretensões de título no Campeonato Brasileiro, Palmeiras e São Paulo adotaram medidas diferentes na preparação para o duelo deste domingo no Palestra Itália. Os tricolores ficam o dia todo no CT e dormem em suas casas, enquanto os alviverdes passam a semana em Atibaia. Com uma justificativa: Wanderley Luxemburgo.

Se Muricy Ramalho optou por usufruir da estrutura da concentração do clube na Barra Funda, o treinador do atual campeão paulista leva seu elenco pela sexta vez na temporada ao refúgio no interior com o objetivo de manter todos focados na próxima partida. Palestras e discursos são mais freqüentes longe da Academia.

Nas passagens anteriores por Atibaia, além da pré-temporada, a equipe viu a alternativa ser sucesso com a superação do próprio São Paulo e da Ponte Preta, no Paulista, e empate contra Atlético-MG e vitória sobre o Cruzeiro, ambas no Mineirão pelo Brasileiro. Segundo os jogadores, tudo graças às conversas com Luxa.

“O Wanderley vive o jogo, nos passa tudo e coloca na cabeça dos jogadores que é uma decisão. Todos ficam cientes de tudo isso”, enaltece Elder Granja, citando como exemplo de triunfo a última passagem do Verdão pelo hotel que os abriga na fuga da capital.

“Antes de jogar contra o Cruzeiro, também ficamos uma semana aqui em Atibaia e ele passou treinos fundamentais para o time. Fomos lá no Mineirão e ganhamos”, relembra o lateral, ainda contente com os três pontos que reaproximaram o Verdão da briga pelo Nacional.

Além da possibilidade de dialogar mais com o comandante, a medida também evita excessos alimentares na opinião dos palmeirenses. Segundo os atletas, a ‘perseguição’ na comida é maior quando todos estão confinados, apesar de o clube ter em seu centro de treinamento os mesmos profissionais e aparelhos similares ao que encontram no hotel.

“A nutricionista fica em cima o tempo todo aqui. Tira o percentual de gordura todo dia e se alguém está acima já pega no pé sempre. Isso é tudo a mando do Wanderley”, aponta Granja, admitindo que se ‘policia’ mais sob os olhos mais próximos de seu chefe. “Em casa, a gente não come como na concentração. Aqui fazemos tudo direito”.

Ao mesmo tempo em que elogiam a decisão da comissão técnica em deixar São Paulo em busca de maior concentração, os alviverdes evitam comentar o planejamento do arqui-rival – Muricy diz preferir ficar no CT porque este é o perfil tricolor. No Palmeiras, a ordem é apenas exaltar os benefícios do refúgio.

“Prefiro só falar do bom trabalho que estamos fazendo em Atibaia. Aqui é muito bom, é um sossego. Dá para trabalhar toda a expectativa de um jogo como esse, com essa pressão de vencer. Vale a pena passar a semana aqui e trabalhar mais forte”, garante Alex Mineiro.

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