A derrota na final do Campeonato Brasileiro de 1981 foi muito marcante para o São Paulo. O Tricolor tinha um belo time, que era conhecido como “A Máquina”, mas que dentro de campo não estava justificando o apelido. Na decisão, vitória do Grêmio de Baltazar, em pleno Morumbi, por 1 a 0.
CONTEXTO
Precisando se recuperar, a equipe entrou no Campeonato Paulista determinada a afastar a tristeza causada pelos gaúchos e conquistar o bicampeonato do estadual. No ano anterior, os são-paulinos foram campeões após vencer o Santos na final.
Mas o time comandado pelo técnico Formiga demorou a engrenar no Paulistão. Após um primeiro turno fraco conquistando apenas sete vitórias, os tricolores entraram no segundo turno com forte pressão e a redenção da poderosa Máquina veio no clássico contra o Palmeiras.
O São Paulo, em tarde inspirada do atacante Mário Sérgio, que chegou ao clube em 81, aplicou uma sonora goleada de 6 a 2 sobre o rival, em seu estádio. O resultado mais elástico sobre o Verdão foi 6 a 0, em 1939.
O JOGO
Na primeira etapa, predominou-se o domínio tricolor. Aos 26 minutos, Éverton abriu o placar depois de receber passe de Renato. Aos 39, em um dos poucos avanços da equipe do Parque Antártica, o zagueiro Airton se atrapalhou com a bola e marcou contra o patrimônio, empatando o duelo.
No entanto, o melhor (para a torcida são-paulina) veio na segunda etapa. Em apenas 11 minutos, os donos da casa definitivamente acabaram com o adversário. Aos 13, Mário Sérgio, que vinha sendo bem marcado por Vagner Benazzi, acertou um chute da entrada da área e recolocou o São Paulo em vantagem. Dois minutos depois, Éverton retribuiu o presente do primeiro gol para Renato e passou para o atacante ampliar. Aos 20, Serginho marcou o quarto e Paulo César fez o quinto logo em seguida.
Mesmo com a vitória sacramentada, os atuais campeões paulistas continuaram jogando no ataque. Aos 24 do segundo tempo aconteceu um dos gols mais antológicos da história do Choque-Rei. Getúlio cobrou escanteio na direita, Oscar desviou de cabeça e Mário Sérgio, sem olhar para a meta, mandou de chaleira para o fundo das redes do goleiro Gilmar, afundando ainda mais o caixão alviverde. Enéas diminuiu a vantagem do Palmeiras para 6 a 2, mas era evidente que a equipe de Waldir Peres, Serginho Chulapa e companhia demonstrou naquela tarde porque aquele time era conhecido como “A Máquina”. Na decisão do Paulistão, o Tricolor bateu a Ponte Preta com uma vitória por 2 a 0.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 6 X 2 PALMEIRAS
Estádio: Morumbi, São Paulo (SP)
Data/hora: 4/10/1981
Árbitro: Oscar Scolfaro (SP)
Público:31.799 pagantes
GOLS: Éverton, 26'/1ºT (1-0); Aírton, 39'/1ºT (1-1); Mário Sérgio, 13'/2ºT
(2-1);
Renato, 15'/2ºT (3-1); Serginho, 20’/2°T (4-1); Paulo César, 22’/2°T
(5-1); Mário Sérgio, 24’/2°T (6-1); Enéias, 32/2°T (6-2).
SÃO PAULO: Waldir Peres, Getúlio, Gassem e Aírton; Almir, Renato e
Éverton; Paulo César, Serginho (Tatu) e Mário Sérgio. Técnico: Formiga.
PALMEIRAS:Gilmar, Vagner Benazzi (Jaime Boni), Luís Pereira, Deda e
Pedrinho; Vitor, Hugo Aragonés (Esquerdinha), Célio e Reginaldo; Enéas e
Marquinhos. Técnico: Jorge Vieira.
Confira nesta quarta no LNET! o confronto da decisão do Paulistão de 1992 em que São Paulo e Palmeiras fizeram dois jogos inesquecíveis!
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