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Vasco corre risco de deixar seleto grupo dos times que nunca foram rebaixados

Equipe carioca disputou todas as 37 edições anteriores da Série A do Brasileiro. Outros cinco times também não sabem o que é cair de divisão

Ao longo dos 37 anos de Campeonato Brasileiro, 127 equipes diferentes tiveram o privilégio de participar da divisão principal da competição. Vários formatos diferentes de disputa foram experimentados, até o modelo de pontos corridos ser oficialmente adotado em 2003. Em meio a todas essas mudanças, apenas seis times conseguiram a façanha de nunca serem rebaixados para as divisões secundárias do futebol nacional: Flamengo, São Paulo, Internacional, Cruzeiro, Santos e Vasco. O andamento do Brasileirão deste ano, porém, leva a crer que os vascaínos correm o sério risco de sair desse seleto grupo.



A apenas nove rodadas do fim da edição de 2008, o time carioca ocupa as últimas colocações da tabela. Os resultados recentes e os cálculos matemáticos apontam para um possível rebaixamento inédito. Além disso, o Vasco deixaria também um conjunto ainda mais seleto, o dos times que participaram de todas as 37 edições do Brasileirão. Além dele, Flamengo, Cruzeiro e Internacional também tiveram o privilégio de vivenciar a história completa da competição.


A última vez em que o time da Colina esteve tão perto de ficar fora da competição foi em 1984. Neste período, os times se classificavam para o Brasileiro de acordo com suas posições nos campeonatos estaduais. O Vasco não conseguiu a vaga direta (os classificados foram América, Bangu, Botafogo, Flamengo e Fluminense), mas foi convidado pela CBF mediante um ranking de pontos elaborado pela entidade.



Outros casos importantes: Brasileiro de 1979



Na explicação acima, diferenciamos os times em dois grupos: os que nunca desceram e os que disputaram todos os campeonatos. A razão disso é que apesar de São Paulo e Santos nunca terem sido rebaixados para a Série B, ficaram ausentes da edição de 1979 por discordarem do modelo implementado pela CBF, que organizou o campeonato com 80 clubes.



Cariocas e paulistas teriam o privilégio de enviar os seis primeiros colocados de seus torneios para entrar de forma direta na segunda etapa do campeonato. Entretanto, São Paulo, Santos, Corinthians e Portuguesa exigiram entrar somente na terceira fase (última antes das semifinais) por serem contra a maratona de jogos (a segunda fase previa 56 times divididos em sete grupos, a terceira previa 14 classificados divididos em 4 quatro grupos). Os únicos representantes paulistas em 1979 foram Palmeiras e Guarani, que por terem sido 1º e 2º colocados no Brasileiro de 1978 tinham esse privilégio frente aos outros times do campeonato.



Santos se livra da 2ª divisão graças a convite

O Santos pode ser incluído no grupo dos times que nunca foram rebaixados, mas por pouco não teve de disputar a Segunda Divisão do Brasileiro em 1983 (conhecida como Taça de Prata na época). Seguindo o regulamento de os melhores colocados nos Estaduais obtinham vaga na Primeira Divisão (Taça de Ouro), o Peixe ficaria fora por ter terminado o Paulista em oitavo lugar. Porém recebeu o convite da CBF para disputar o grupo de elite graças ao seu "retrospecto técnico". Critério confuso divulgado pelo presidente da entidade na época: Giulite Coutinho.


Mas o próprio Santos tratou de calar os críticos da polêmica escolha e terminou o Campeonato Brasileiro de 1983 na segunda colocação, perdendo a final apenas para o Flamengo. Na época, o Rubro-Negro contava com um timaço com nomes como Zico, Adílio e Júnior, o que serviu para valorizar ainda mais o vice-campeonato santista.



Rebaixamento de times tradicionais



Corinthians - em 1979 optou por não disputar o Brasileiro por divergir do regulamento da CBF. Em 1982 não conseguiu se classificar para a Taça de Ouro e teve de disputar a Taça de Prata, mas subiu logo em seguida. Em 2007 foi rebaixado para a Série B.

Palmeiras - em 1982 teve de disputar a Taça de Prata por não se sair bem no Paulista. Foi rebaixado em 2002 para a Série B.

Fluminense - foi "bi-rebaixado". Deveria ter caído em 1996, mas a CBF manteve o time na Série A ao lado do Bragantino. No ano seguinte, caiu de novo, mas dessa vez teve de disputar a 2ª Divisão. Foi parar na Terceira Divisão em 1999.

Atlético-MG - graças ao regulamento de 1993 que protegia certos times do rebaixamento, foi salvo, mesmo terminando na última colocação. Em 2005, no entanto, não teve jeito e teve disputar a Série B.

Grêmio - foi rebaixado em 1991 e foi muito mal na Série B em 1992, não conseguindo voltar por meios "normais". Mas uma revisão da CBF nas divisões em 1993 recolocou o time na Série A. Em 2004 foi novamente rebaixado.

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