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Mauro Cezar Pereira: Muricy, o futebol e o espetáculo

Muricy, o futebol e o espetáculo. Que tal unir o pragmatismo ao sonho, inspirado em Telê Santana?

Não concordo com Muricy Ramalho quando ele diz que vá ao teatro quem deseja ver espetáculo. Futebol também pode ser um show, e quem nele trabalha deve se empenhar para transformar as próprias exibições em algo empolgante, que justifique o dinheiro gasto por quem comprou ingresso.

Mas entendo o técnico do São Paulo quando se preocupa com o resultado, afinal de contas, um jogo oficial de futebol faz parte de uma competição, vale pontos, há objetivos em jogo, desportivos e econômicos. Portanto, vencer é o mais importante, sem dúvida alguma.

Mas vencer pode não ser o bastante, é preciso almejar mais, é necessário estabelecer como objetivo algo especial. Um espetáculo, por que não? Ainda mais quando se está à frente de um time grande, no caso de Muricy, o atual bicampeão brasileiro, que detém cinco títulos nacionais.

Mas vejamos o outro lado da moeda, técnicos que jogam cartadas ousadas, irresponsáveis até, com escalações recheadas por jogadores de frente, atacantes e similares. Renato Gaúcho fez isso contra o Figueirense. O Vasco perdeu por 4 a 2. Caio Júnior seguiu o mesmo caminho durante o duelo com o Atlético Mineiro. E o Flamengo levou de 3 a 0.

Equilíbrio entre os setores é vital, claro. Para mim, um bom time, hoje, se monta a partir da defesa, é o ponto no qual concordo com Muricy. Mas quantidade de atacantes não é garantia de sucesso, pelo contrário, costuma derrubar qualquer equipe. Será que Caio e Renato aprenderam?

O motivo? O jogo se ganha no meio-campo e sem quem recupere a bola, brigue por ela e depois crie, o time emperra. Por isso, Muricy será um técnico melhor quando se lembrar dos conceitos de Telê Santana, seu mestre, e sonhar com um futebol que encante sem perder a eficiência.

Caio e Renato, mais jovens, precisam aprender com Muricy mesmo. Mas sem esquecer Telê, que rotulado como “pé frio”, aderiu ao pragmatismo para ser campeão brasileiro com o São Paulo em 1991. Depois ganharia o mundo.

E você, o que pensa a respeito? É mais importante vencer? Só importa vencer? Ou perder jogando bonito o satisfaz? Insisto: prefiro times objetivos, vencedores e que pelo menos tentem encantar. Dê sua opinião.

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