Foi a vitória do futebol. É dessa maneira que os jogadores do São Paulo encararam a vitória sobre o Náutico, no Morumbi. "Seria uma tremenda injustiça a partir terminar empatada. Aliás, se o jogo estivesse 0 a 0 até o fim do tempo regulamentar, o juiz teria que dar oito minutos de acréscimo, tamanha foi a cera que o time do Náutico fez", disse o goleiro e capitão Rogério Ceni.

Ao analisar a partida, o capitão são-paulino reconheceu que o time sofreu para furar a retranca do adversário. "Dentro das possibilidades apresentadas na partida, fomos bem. Nós quisemos jogar o tempo todo, buscamos o ataque. E o Náutico só ficou se defendendo. O goleiro deles [André Sangalli] chegou a cair no chão e fingir uma contusão sem ser tocado. Nunca vi isso. Foi um prêmio para nós e um castigo para eles", ressaltou.

O meia Hugo seguiu pela mesma linha de raciocínio. "O gol do Hernanes caiu do céu para nós. O empate seria trágico para a gente. Mas lutamos até o final e fomos premiados com um gol importantíssimo. Agora vamos nos preparar para o duelo com o Palmeiras", disse,

O volante Hernanes até ironizou uma pergunta feita por um jornalista após a partida. Ao ser questionado se o time não deveria ter atropelado o rival, o camisa 15 foi muito inteligente na resposta. "Na teoria, tudo é maravilhoso no futebol. Mas só quem fica dentro de campo sabe como as coisas funcionam. O Náutico entrou com uma proposta de jogo bem definida, com dez homens atrás e o Felipe aplicando uma correria lá na frente. Não tivemos espaços. Foi um jogo duríssimo. Por isso, temos de comemorar a vitória", concluiu.