O acerto entre Corinthians e Montillo pode render mais do que somente a vinda de um bom jogador. Interessado em ajudar no negócio, o Banco BMG também está de olho em colocar sua marca no peito da camisa do Timão. A primeira oferta feita já foi recusada e a contratação do argentino seria um trunfo para reaproximar as partes.
Patrocinador de Cruzeiro, Atlético-MG, Santos, São Paulo e outros times da Série A, o BMG fez proposta de R$ 27 milhões para ocupar o lugar da Hypermarcas — a empresa atual paga quase R$ 40 milhões e tem suas marcas no peito, ombros, mangas e axilas.
Contudo, o diretor de marketing e candidato a vice-presidente na chapa favorita das eleições, Luis Paulo Rosenberg, rechaçou a oferta. Segundo ele, o clube só começa a negociar o novo acordo a partir da casa dos R$ 30 milhões.
É aí que Montillo entra. A contratação do meia seria o trunfo do BMG para convencer o Corinthians a fechar o patrocínio, ainda que por um valor um pouco abaixo do esperado. O relacionamento do clube com o banco, que andava frio desde a negativa da oferta de patrocínio, deve esquentar nos próximos dias.
Para 2012, o Timão já acertou a permanência da Fisk por R$ 10 milhões, a Hypermarcas ainda pode estampar a marca Bozzano na manga por R$ 5 milhões, a Nike desembolsa R$ 16 milhões e a Tim, outros R$ 2 milhões. Com os R$ 27 milhões do BMG, o Timão já chegaria ao desejado pelo presidente Andrés Sanchez: R$ 60 milhões. Mas Ronsenberg quer mais.
Timão em ação/ O Corinthians não é o único clube do país interessado em Montillo, mas é o que está fazendo a negociação avançar mais rapidamente. Apesar do desejo cruzeirense de vendê-lo para o exterior, o clube paulista já apresentou uma proposta ao agente do meia argentino, Sergio Irigoitia.
“Recebemos muitas sondagens, inclusive de São Paulo e Flamengo, mas a única proposta do Brasil é do Corinthians. O Montillo gosta do país e não tem interesse em lugares como Rússia, Catar ou Emirados Árabes”, afirmou o agente.
Montillo tem contrato até 2015 com o Cruzeiro, clube que desembolsou cerca de R$ 5,5 milhões para tirá-lo da Universidad de Chile. Publicamente, os mineiros pedem R$ 36 milhões pelo jogador, mas dificilmente conseguirão vendê-lo por mais de R$ 25 milhões
