Em ano ano, São Paulo 'perde dois Hernanes' Comentários Outras Colunas
São Paulo falhou em não vendê-los quando tinham boas propostas
Autor: Fonte: Agora São Paulo
Em menos de um ano, o São Paulo deixou de arrecadar 25 milhões (R$ 63 milhões na cotação atual) com transferências que já não terá mais como recuperar.
O valor, quase o equivalente ao dobro da venda de Hernanes, maior negócio recente do clube, refere-se a ofertas que foram rejeitadas no Morumbi por jogadores que acabaram saindo (ou estão prestes a fazê-lo) de graça.
Foi o que aconteceu com Richarlyson e Miranda. Ambos deixaram o São Paulo após o fim de seus contratos. Mas, se tivessem sido negociados antes, poderiam ter rendido juntos 18 milhões.
O mesmo está para acontecer com Dagoberto. O atacante tem contrato até abril e, no próximo mês, já poderá assinar um acordo prévio para trocar de equipe sem gerar receita para o São Paulo .
E é praticamente certo que ele escolherá esse caminho. Segundo o agente Marcos Malaquias, que trabalha com o jogador, o atacante só espera a valorização causada por um possível título brasileiro para fechar com outro time.
Dagoberto se irritou com a demora para o início das conversas sobre a renovação e quer sair. Bem diferente de um ano atrás, quando disse "não" à proposta de 7 milhões do ucraniano Metalist Kharkiv. "Faltou jogo de cintura do São Paulo para nos convencer", disse Malaquias.
Até mesmo quando consegue negociar seus jogadores, o clube do Morumbi não ganha tanto quanto poderia.
Dois anos antes de vender Hernanes para a Lazio por 13,5 milhões, no meio de 2010, o São Paulo havia se recusado a negociá-lo com o Barcelona por 15 milhões.
A diretoria do São Paulo se defende. Diz que não depende dos ganhos com "venda e compra de jogadores" e que o dinheiro que deixou de arrecadar não faz falta para um clube que é superavitário.
"Quando contratamos alguém, não é para negociá-lo, mas para usufruir do seu futebol", disse o vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes.