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Duelo no San-São: Adilson segue slogan de trabalho de Muricy

Amigos, técnicos-trabalhadores farão confronto à parte no clássico deste domingo

Muricy Ramalho é o criador do bordão "Aqui é trabalho, meu filho!", mas é bom ele ficar esperto. Mesmo que evite as comparações, Adilson Batista tem seguido à risca este modus operandi e é dele que extrairá forças para tentar vencer o clássico deste domingo, contra o Santos, no duelo dos técnicos-trabalhadores.
Em uma de suas primeiras entrevistas à frente do Tricolor, Adilson evocou o último técnico ídolo dos são-paulinos. Usou e abusou da palavra trabalho, citando-a várias numa espécie de discurso político sobre o que esperar dele no clube. Foi a deixa para a comparação...
– Vocês estão loucos para ver eu bater no braço, né? – brincou Adilson com os jornalistas, enquanto esmiuçava o gesto que virou marca registrada do técnico santista.
E Adilson vem cumprindo o que prometeu. Desde que chegou ao São Paulo, em julho, impressiona pelo tempo dedicado ao clube. Está morando no CT, onde passa praticamente o dia inteiro. Quando não está em campo com o grupo, fica na sala de vídeos, acompanhado dos auxiliares Ivair e Milton Cruz. Imagens que vão dos principais lances do último jogo, de seu time ou do próximo rival, à partidas do Mundial de 1958.
A semelhança na maneira de encarar a função que executam no futebol gera empatia entre os técnicos. Ambos disseram que são frequentes as conversas por telefone, para tirar dúvidas sobre... Trabalho!
– Sempre admirei o Muricy. Profissional capacitado, vencedor, trabalhador. Eu não estando na final, torço para o sucesso dele – disse Adilson ontem, em entrevista coletiva.
Apesar do respeito, o são-paulino já tem a desculpa a dar ao amigo, caso saia vitorioso na casa do rival.
– Vamos nos enfrentar novamente e quero vencê-lo. Ele já está com a vida ganha – brincou o são-paulino, referindo-se aos títulos do rival, atual campeão da Libertadores.
Quem trabalhar mais, vai levar!
Muricy fala sobre Adilson:
"Ficamos amigos através de telefone, celular, porque a gente está sempre longe e não tem como ter amizade constante. Trocamos informações, ele me liga para perguntar muitas coisas, eu também ligo para perguntar do Santos. Ele também pediu opinião de outros times que iria assumir. É um treinador dessa nova geração, uma nova safra de estudiosos e competentes. Ele escolheu o time certo, está aproveitando e se dando bem. É um treinador que eu gosto."
As semelhanças entre Adilson e Muricy

Métodos e disciplina
Profissionais que trabalharam com ambos destacam o tesão que têm pelo futebol. Dedicam-se muito aos clubes em que estão e valorizam cada etapa do treinamento, tentando tirar o máximo do atleta. Costumam fechar os treinos.

Braço direito
Adilson e Muricy contam com auxiliares, companheiros de longa data. O são-paulino faz dupla com o ex-jogador Ivair desde o Mogi Mirim, em 2001, primeiro clube em que trabalhou como técnico. Ivair exerce função importantíssima, sempre com treinos específicos enquanto o treinador realiza uma atividade paralela. Já Muricy leva Tata para aonde vai. O auxiliar também se faz muito presente nos treinos. Nos dois casos, há também grande amizade.

Ex-jogadores
Da linhagem de técnicos que já estiveram dentro das quatro linhas atuando. Adilson foi campeão da Libertadores pelo Grêmio e Mundial, pelo Corinthians. Muricy foi formado no São Paulo e se destacou na década de 70. Encerrou a carreira no México.



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